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Brasil investe na recuperação do fluxo de turistas estrangeiros de 2019

Eventos culturais, como show da Madonna, e aumento de voos internacionais estão entre as estratégias para atrair viajantes de fora do país

Por Valéria França Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 17 Maio 2024, 15h36 - Publicado em 17 Maio 2024, 11h35

Recuperar o interesse do viajante internacional pelo país é o maior desafio do turismo nacional. Em 2019, período pré-pandemia, o Brasil recebeu 6,5 milhões de estrangeiros e, em 2023, 6 milhões. São muitos os entraves que atrapalham a recuperação dos números, entre eles, uma sequência de altas de juros, em boa parte do mundo, que atrasou uma retomada econômica mais robusta. Somado a isso, as incertezas ligadas aos grandes conflitos geopolíticos na Ucrânia e em Gaza interferem diretamente nos negócios internacionais, atravancados por retaliações econômicas. Mesmo diante de um cenário pouco animador, o turismo brasileiro tem tudo para decolar este ano.

O Brasil fechou o primeiro quadrimestre de 2024 com alta de 7,4% no número de turistas internacionais, quando comparado com o mesmo período do ano passado. Trata-se do terceiro melhor quadrimestre da história, perdendo para 2018 e 2019. Até abril, vieram ao país 2,92 milhões de pessoas, de acordo com o Ministério do Turismo. No entanto, é o aumento de gastos desses turistas que mais surpreende: no primeiro trimestre deste ano, foi 22% maior do que o mesmo período de 2023. Se a tendência de crescimento continuar nos próximos meses, 2024 será divisor de águas. Essa recuperação se deve a uma nova política de turismo. “O Brasil não é apenas sol e praia”, disse a VEJA o presidente da Embratur Marcelo Freixo. “Aqui tem cultura, gastronomia e diversidade.”

Para atingir novas metas, há investimentos realizados justamente para levar essa nova imagem do país para o exterior. Nos planos, estão grandes eventos culturais como o show da Madonna, no Rio de Janeiro, no início de maio, que custou 10 milhões de reais aos cofres do município, mas trouxe 14 300 turistas internacionais, que gastaram 42 milhões de reais. O evento movimentou 293 milhões de reais na cidade, conta que consideram gastos do público com alimentação, passagem aérea e transporte.

A sustentabilidade ambiental é outro potencial explorado nessa nova política. “A imagem do Brasil melhorou muito desde que a diminuição crescente da devastação da Amazônia”, diz Freixo. Destinos como Pantanal e Jalapão, entre outros, estão entre os destinos de aventura que ganham mais atenção e verbas de estruturação.

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Além de ser o que mais gasta, o visitante de longa distância gera empregos diretos e indiretos e ajuda a preservar os espaços e as culturas locais. No Rio de Janeiro, o lançamento do aplicativo Rota Literária é um bom exemplo disso. A ferramenta gratuita traz um roteiro lúdico ligado à história de escritores brasileiros importantes. Entre eles, o tour Machado de Assis leva o turista ao centro antigo do Rio de Janeiro. No trajeto, está a Academia Brasileira de Letras, localizada na Avenida Presidente Wilson, o turista descobre a cidade ouvindo passagens da obra do escritor.

Outra medida importante é o aumento da conectividade aérea com outros países, consequência do Programa de Aceleração do Turismo Internacional, lançado este ano. Trata-se de uma parceria entre os Ministérios do Turismo Portos e Aeroportos  e a Embratur.  Além de aumentar as ofertas de acentos regulares em voos internacionais, o objetivo também é melhorar a experiência do passageiros nos aeroportos. Um dos resultados dessa política foi anunciado nesta quinta-feira, 16, pela Air France, que abre voos diretos entre Salvador e Paris, a partir de 28 de outubro, em três dias da semana – às terças, quintas-feiras e sábados. A novidade não pega o período das Olimpíadas, na França, mas de qualquer maneira é um grande atrativo para incentivar o turismo no Nordeste.

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