Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Associação de juízes defende pagamento de benefícios

Em nota, entidade afirma que valores são previstos em lei e considera ser "inadmissível" que críticas exponham magistrados à "execração pública"

Por Da Redação Atualizado em 12 fev 2018, 14h36 - Publicado em 12 fev 2018, 13h29
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Diante das notícias expondo o pagamento de benefícios que aumentam os rendimentos de juízes do país, a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) divulgou nota para se queixar destas reportagens, que se baseiam em informações financeiras disponibilizadas nos portais de transparência dos tribunais e do Conselho Nacional de Justiça. Para a entidade, há “uso abusivo e distorcido” de tais dados.

    São incluídas nestes pagamentos verbas indenizatórias como o auxílio-moradia, que, segundo a entidade, estão previstas em lei. A Anamatra, segundo o teor da nota, discorda das reportagens e editoriais que mostram os valores recebidos pelos juízes além do salário e entende que dados “não contextualizados” podem provocar engano na opinião pública.

    Um levantamento feito por VEJA junto a 92 tribunais e conselhos de Justiça mostra que 86% dos 20.270 juízes brasileiros receberam o auxílio-moradia em 2017. Com isso, a União e os estados gastaram no período cerca de 920 milhões de reais com o pagamento do benefício mensal de 4 377,35 reais aos magistrados.

    Os 920 milhões de reais equivalem a um terço do empréstimo que o Estado do Rio de Janeiro contraiu para quitar os salários atrasados de seus 400 000 servidores no fim do ano passado, por exemplo. Leia aqui a reportagem completa, com mais detalhes e gráficos que ajudam a explicar o tema.

    “Os dados sobre pagamentos efetuados a magistrados, inclusive os de cunho indenizatório, como é a ajuda de custo para moradia – que, portanto, não desafia incidência de IRPF, tal como outras tantas ajudas de custo expressamente referidas como isentas na Lei n. 7.713/1988 -, são públicos e estão disponibilizados desde 2004 no Portal da Transparência do Conselho Nacional de Justiça e nos portais dos tribunais, sendo acessíveis a qualquer cidadão brasileiro. Houvesse o que esconder, não estariam assim disponíveis, sem qualquer filtro ou restrição”, diz a nota.

    Continua após a publicidade

    Para a entidade que representa quatro mil membros da Magistratura do Trabalho, “é inaceitável, de toda sorte, o uso abusivo e distorcido das informações financeiras disponibilizadas nos portais de transparência”. O documento lembra que a complexa questão dos direitos e vantagens da magistratura será enfrentada em breve pelo Supremo Tribunal Federal (STF), não havendo, no âmbito da União, o pagamento de quaisquer benefícios que não tenham previsão na Lei Orgânica da Magistratura Nacional (LC n. 35/1979) ou em lei federal competente.

    A nota afirma ainda que “críticas públicas a tais vantagens, ainda quando equivocadas, são legítimas e naturais em ambiente democrático”, mas considera “inadmissível que isso se faça ao enxovalho de toda uma carreira nacional, expondo publicamente à execração pública centenas de juízes de todo o país”.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.