Preso desde o dia 11 de fevereiro por suspeita de tentativa de suborno no chamado mensalão do DEM, o governador afastado do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido), disse que não voltará à gestão distrital caso seja aceito seu pedido de habeas corpus. A promessa foi feita nesta quinta-feira através do advogado do ex-peemedebista, Nélio Machado: “Isso está decidido, ele não volta mais ao governo”, garantiu.
O compromisso, que foi apontado como uma espécie de “renúncia branca”, deverá ser formalizado nos próximos dias, através de uma petição encaminhada ao STF (Supremo Tribunal Federal) e ao STJ (Superior Tribunal de Justiça). Com ele, a defesa de Arruda espera derrubar o argumento usado para prender o governador de que ele estaria atrapalhando as investigações da polícia no suposto caso de arrecadação e pagamento de propina.
O movimento de anunciar o compromisso de permanecer afastado até o fim das investigações ainda está sendo decidido, informou o advogado. Pode ocorrer durante o julgamento do habeas ou dias antes. “Tem o plano jurídico e político. Poderia ser uma carta para a Câmara e uma petição da defesa na Justiça, por exemplo. É um compromisso. Não posso dizer ao tribunal que farei uma coisa e depois fazer outra”, explicou. “Parece lógico que ele, afastado do governo, não influenciaria nas investigações.”
Machado admite que Arruda poderia ficar fora do governo até dezembro, quando encerra seu mandato. “O prazo é aleatório e pode esgotar o mandato. Paciência”, disse. O julgamento do habeas-corpus no STF deveria ter ocorrido na quarta, mas a defesa de Arruda pediu o adiamento da sessão.
(Com agência Estado)