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‘O caminho da bagunça fiscal é trágico’, diz Armínio Fraga sobre ruídos

Em live de VEJA, ex-presidente do Banco Central falou sobre a incerta meta fiscal do governo Lula e as barreiras à reforma tributária no Congresso

Por Da Redação Atualizado em 3 nov 2023, 14h23 - Publicado em 3 nov 2023, 10h34
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  • Armínio Fraga, o convidado da semana do programa "Amarelas On Air", de Veja -
    Armínio Fraga (Kaio Lakaio/VEJA)

    O ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga é o convidado desta sexta-feira, 3, da live de Os Três Poderes. O programa semanal de VEJA traz análises dos principais fatos da semana, com apresentação de Ricardo Ferraz e análises dos colunistas Robson Bonin, Matheus Leitão e Ricardo Rangel. Assista:

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    Um dos principais economistas do país, Armínio analisa os ruídos mais recentes do governo em torno da meta fiscal, um dos pontos mais preocupantes para o mercado na política econômica de Lula. Questionado sobre a fala do presidente que ‘dificilmente’ o governo vai conseguir zerar o déficit fiscal em 2024, o economista alertou para o caminho ‘trágico’ que uma bagunça fiscal pode levar.

    “Claramente ele [Lula] deu uma rasteira no ministro [Haddad]. Numa situação que já tinha dificuldades, que já vinha lá de trás”, afirmou. “O caminho da bagunça fiscal é trágico. O arcabouço [fiscal] já nasceu meio fraco e agora ele levou essa rasteira. Os analistas já esperavam essa dificuldade, sobretudo porque o lado do gasto vem crescendo há décadas no Brasil, e não pode entrar na equação. Ele foi excluído por decisão do governo, presumo que do próprio presidente”, acrescentou.

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    Sobre a condução da economia pelo ministro Fernando Haddad, Fraga considera que “não está sendo fácil”, mas que o petista apontou o Brasil “para a direção certa”. “Eu dei bastante credito ao ministro [Haddad] quando ele propôs o arcabouço, mesmo tendo feito de primeira hora o alerta que era um movimento bom, positivo, mas insuficiente. Eu dou crédito a ele porque naquele momento parecia que o Brasil estava pisando no acelerador na direção errada, do penhasco. Então acho que meio que ele pegou o ônibus e mudou a direção, apontou para a direção certa, mas ainda não andou muito. Agora ele tá enfrentando fogo amigo, que enfrentou no início e na transição também. E acho que ele está tentando, mas não está sendo fácil pra ele”, salientou.

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    ‘META MANTIDA’

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    Apesar da declaração de Lula, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou na segunda-feira, 30, que a meta está ‘mantida’. “Meu papel é buscar o equilíbrio fiscal porque acredito que o Brasil precisa voltar a olhar para as contas públicas. Eu vou buscar equilíbrio fiscal de todas as formas justas e necessárias. A minha meta está mantida”, afirmou durante coletiva a jornalistas, em Brasília. “Não há por parte do presidente [Lula] nenhum descompromisso [com meta fiscal], pelo contrário, se não estivesse preocupado com situação fiscal não estaria pedindo apoio da equipe econômica para orientação do Congresso”, acrescentou.

    O “déficit zero”, ou seja, um equilíbrio nas contas públicas, sem resultado negativo nem positivo, está previsto no arcabouço fiscal, regra que substitui o teto de gastos e foi aprovada em agosto deste ano.

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    Sobre a reforma tributária, o ministro afirmou que as mudanças feitas pelo Senado no texto devem aumentar em meio ponto percentual a alíquota-base, devido à ampliação das exceções. “Não chega a 28%. Essa estimativa demos à equipe técnica do Senado. Estamos dando transparência em tudo”, disse Haddad após reunião com o relator da proposta, o senador Eduardo Braga (MDB-AM). O ministro pontuou que, em relação à carga tributária atual, haverá queda para a maioria dos setores. O relatório deve ser analisado na CCJ do Senado na próxima terça-feira.

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