A família de uma modelo cearense de 22 anos que morreu na China há cerca de 40 dias ainda espera a liberação do corpo para sepultamento, em Fortaleza.
Camila Bezerra Veras foi encontrada morta na manhã do dia 1º de janeiro, na cidade de Guangzhou, no Sudeste do país asiático. A cearense caiu da janela do banheiro do apartamento onde morava, no 14° andar de um edifício residencial.
“Até agora o corpo não chegou ao Brasil por causa da grande burocracia chinesa”, lamenta a mãe da modelo, Goreth Bezerra. “As autoridades de lá estão exigindo um monte de documentos, que estou tentando tirar no Fórum de Fortaleza. Até alvará para receber o corpo eles exigiram e estou correndo atrás para quem sabe receber o corpo da minha filha depois do carnaval”, disse Goreth.
A morte de Camila provocou repercussão em redes sociais no início de janeiro após a família divulgar que não tinha condições financeiras para trazer o corpo ao Brasil. Um dia depois do caso ser divulgado, o governo do Ceará anunciou que iria pagar o transporte, estimado em 15 000 dólares (mais de 30 000 reais). A previsão inicial era que o corpo chegasse a Fortaleza dias depois da morte.
As autoridades chinesas chegaram a oferecer a cremação do corpo e o envio das cinzas para Fortaleza, mas a família não aceitou, preferindo manter a tradição de sepultar o corpo.
“Estou em contato direto com a diplomacia brasileira na China para enviar esta documentação e finalmente o corpo da minha filha chegar a Fortaleza para realizarmos o sepultamento”, destacou Goreth. A última informação que a mãe de Camila Bezerra recebeu foi que o corpo deixou a cidade de Cantão nesta semana, mas ela não soube precisar onde estaria o corpo neste momento.
(Com Estadão Conteúdo)