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Ampla maioria de mortos no ES era homem e vivia na Grande Vitória

Dos 145 assassinatos registrados durante a crise de segurança, 91 ocorreram na região metropolitana; quase nove em cada dez vítimas eram do sexo masculino

Por Rafaela Lara 14 fev 2017, 19h56
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  • Pelo menos 145 pessoas foram mortas no Espírito Santo em dez dias de paralisação da Polícia Militar – do dia 4 de fevereiro, quando as mulheres dos policiais passaram a bloquear a saída dos batalhões, até a última segunda-feira -, segundo levantamento do Sindicato dos Policiais Civis (Sindipol/ES). A “greve branca”, como definiu a Justiça, resultou na maior crise de segurança pública já vivida pelo Estado.

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    A média de 14,5 mortes desse tipo por dia é muito superior à registrada em todo o ano passado, que foi de 3,2. A grande maioria das vítimas foi de homens (88%) – veja quadro abaixo. O governo estadual, comandado por Paulo Hartung (PMDB), prometeu, mas ainda não divulgou um levantamento oficial da violência no período.

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    As sete cidades da região metropolitana de Vitória foram palco de 91 mortes. O município de Serra foi, disparado, o campeão – 32 vítimas. Em seguida, vêm Cariacica (20), Vila Velha (19) e a capital (11), todas na mesma área. No interior, o município mais violento foi São Mateus, no norte do estado, com nove assassinatos. Em Nova Venécia, no noroeste, foram oito.

    O bairro Morada de Laranjeiras, na cidade de Serra, foi o que mais registrou mortes – seis pessoas foram assassinadas, no total. O segundo é Aribiri, em Vila Velha, com cinco.

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    Além dos assassinatos, durante os dias de grave, comerciantes do Estado tiveram suas lojas saqueadas e acumularam um prejuízo de cerca de 4,5 milhões de reais. Além dos saques, roubos e furtos também se tornaram rotina no dia a dia do capixaba. Logo nos primeiros dias da greve dos PMs, era possível se observar ruas vazias e comércio fechado. Órgãos públicos e bancos funcionaram com o expediente reduzido, e escolas adiaram o início do ano letivo no estado.

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    Na segunda-feira, o frei Paulo Engel, 80 anos, foi amarrado durante um assalto ao Convento da Penha, em Vila Velha, na região metropolitana de Vitória. Nesta terça-feira, no entanto, já era possível ver PMs nas ruas e a ordem parecia estar sendo restabelecida. Os ônibus também já voltaram a circular em Vitória, na região metropolitana e interior.

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    Acordo

    O governo anunciou na noite da última sexta-feira o fechamento de um acordo com entidades representativas dos policiais e bombeiros para tentar pôr fim ao movimento. Quatro associações assinaram o documento, junto com secretários estaduais – as mulheres dos militares não foram chamadas para a reunião.

    No acordo, governo e associações não fecharam um valor específico de aumento salarial – os PMs querem 43%. O governo apenas mencionou a possibilidade de um reajuste acontecer a partir de maio, quando irá avaliar os resultados financeiros do primeiro quadrimestre do ano.

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