Um homem de 30 anos foi preso pela polícia civil do Rio de Janeiro acusado de matar o galerista americano Brent Sikkema, 75 anos, que foi encontrado morto na segunda-feira, 15, em sua casa, no Jardim Botânico, bairro nobre da capital fluminense. O corpo apresentava perfurações de arma branca.
O suspeito tem cidadania cubana e foi identificado como Alejandro Triana Trevez. Segundo os agentes da divisão de homicídios, após o crime, ele fugiu para São Paulo e, posteriormente, seguiu para Minas Gerais. Trevez foi detido na BR 050, que liga São Paulo à Brasília, no município de Uberaba. Com ele estavam 3 000 dólares que pertenceriam ao galerista.
A prisão contou com o apoio da polícia civil de Sao Paulo e da Polícia Rodoviária Federal. Levado
A principal linha de investigação é que Brent foi vítima de um latrocínio, o roubo seguido de morte. Imagens de câmeras de vigilância obtidas pela TV Globo mostram que o assassino monitorou as atividades do galerista durante 14 horas. Na madrugada de sábado para domingo, um homem entra no imóvel e lá permanece por 14 minutos até sair e tirar as luvas que usava para nao deixar pistas.
As circunstâncias do crime levam a crer que a ação do bandido foi premeditada. A polícia investiga ainda se há outra pessoa envolvida no assassinato, já que uma luz observada dentro do carro sugere que alguém no banco de trás do veículo utilizou o celular.
Brent Sikkema era sócio da Sikkema Jenkins & Co, uma galeria de arte contemporânea renomada no bairro de Chelsea, em Nova York. Dono de uma fortuna, o milionário era paixonado pelo Brasil e costumava vir ao país para passar as festas de fim de ano e o carnaval.
Suspeita de envolvimento do marido
Brent era casado com outro homem identificado como Daniel, ou Danny, mas vivia um proceso conturbado de divórcio, de acordo com o jornal Folha de S. Paulo.
Os dois tinham um filho de 12 anos, que teria sido gerado a partir de uma barriga de aluguel. O garoto, segundo a reportagem, seria filho biológico de Daniel, que teria cortado relações com Brent e fugido para uma ilha no Caribe, onde o galerista também mantinha uma casa.
Segundo relato de amigos, Danny, que é cubano assim como o suspeito de cometer o crime, estava exigindo o pagamento de uma pensão no valor de 6 milhões de dólares. Na véspera de sua morte, Brent teria confidenciado a amigos que estava aflito com toda a situação.