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Alckmin diz que decisão do PSDB sobre ministérios é secundária

Questionado sobre a posição do partido em relação a Temer, o governador desconversou: "o importante é a decisão de apoiar todas as medidas e as reformas"

Por Da redação
10 jun 2017, 14h56

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), avaliou neste sábado (10) que é “secundário” para o partido ter ou não ter ministro no governo do presidente Michel Temer (PMDB). Segundo o governador, o mais importante é o PSDB apoiar as reformas que estão no Congresso, e que tratarão, na opinião dele, da retomada do crescimento econômico e empregos.

“O importante é a decisão do PSDB de apoiar todas as medidas e as reformas. Se vai ter ministro, se não vai ter ministro, é secundário. O importante é o compromisso do PSDB com o Brasil e nós não precisamos ter ministro ou não ter ministro para isso”, disse. “Decisão mais relevante é que o partido apoiará as reformas e ajudar o Brasil a retomar o emprego”, afirmou Alckmin que participou de evento em Ribeirão Preto (SP) no começo da tarde deste sábado.

O PSDB tem quatro ministros no governo Temer – Aloysio Nunes (Relações Exteriores), Antônio Imbassahy (Secretaria de Governo), Bruno Araújo (Cidades) e Luislinda Valois (Direitos Humanos) – e se reunirá na segunda-feira (12) para decidir se manterá o apoio ao presidente. “Vamos esperar segunda-feira”, afirmou Alckmin sem dar opinião pessoal sobre o assunto. O encontro dos tucanos seria anteontem (8), mas foi adiado por conta do julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) da chapa Dilma-Temer, encerrado ontem (9) com a vitória do presidente, mantido no cargo por 4 votos a 3.

Alckmin considerou o julgamento “complexo”, por ser a primeira vez na história do País que a Suprema Corte eleitoral, o TSE, julga uma chapa presidencial eleita e que “superada essa fase, é trabalhar”. O governo disse não ter conversado com Temer após a votação de ontem, mas admitiu que a decisão do TSE facilita a governabilidade de Temer. “Espero que (decisão do TSE) facilite o governo e que o Brasil pise no caminho da retomada do crescimento”.

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No interior paulista, Alckmin anunciou obras de duplicação de uma rodovia em Jardinópolis (SP) e, em Ribeirão Preto, participou de cerimônia de doação do Theatro Pedro II,um dos maiores do País, ao município. Fundado em 1930, o imóvel pertencia à antiga Cervejaria Paulista, que se tornou parte da Ambev, foi abandonado e, depois, desapropriado pelo governo do Estado de São Paulo. Após o fim dos pagamentos dos precatórios, em 2015, iniciou-se um processo de doação do imóvel ao município, que já o mantinha, encerrado hoje com a doação final.

Candidato – No evento, aliados trataram o governador como o candidato tucano à Presidência da República em 2018. O deputado estadual Welson Gasparini (PSDB), quatro vezes prefeito de Ribeirão Preto, fez vários elogios a Alckmin e encerrou o discurso com um “o Brasil precisa de lideranças como a sua”. Já o atual prefeito e ex-secretário de Alckmin, Duarte Nogueira (PSDB), também enalteceu o governador. “Conte com Ribeirão para que possamos, a partir do ano que vem, com sua decência, mudar o País”.

(Com Estadão Conteúdo)

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