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Advogado de Caio Souza vai tentar anular depoimento

Acusado de acender o rojão que matou o cinegrafista Santiago Andrade apresentou uma versão conflitante com a do primeiro preso, Fábio Raposo

Por Da Redação
13 fev 2014, 19h43
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  • O advogado Jonas Tadeu Nunes, que defende os dois jovens acusados de envolvimento na morte do cinegrafista Santiago Andrade, disse que foi surpreendido pelo depoimento de Caio Silva de Souza à polícia, na noite de quarta-feira, e que deverá entrar com recurso na Justiça para anulá-lo, por ter sido prestado sem a presença da defesa.

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    Nunes sustenta a tese de que Caio e Fábio Raposo agiram juntos e, portanto, devem responder juntos ao processo, com a mesma defesa. À polícia, porém, Caio acusou Raposo de ter acendido o rojão que atingiu o cinegrafista – contradizendo a primeira versão apresentada por Raposo. Na manhã desta quinta, Nunes chegou a dizer que abandonaria a defesa dos dois manifestantes se constatasse que havia conflito nos depoimentos deles. Depois, voltou atrás e confirmou que continua no caso e vai esperar o inquérito chegar ao Ministério Público para tomar novas providências.

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    O advogado voltou a acusar partidos políticos e outras organizações de aliciarem e pagarem jovens para que causem quebra-quebra em protestos. “Caio vive em extrema pobreza. Começou a participar das manifestações por ideologia, de forma pacífica, sem quebra-quebra. Quando soube que poderia participar mediante remuneração, aí ele se deixou levar por isso”, disse o advogado. “Quando foi preso, ele disse: ‘E agora, doutor, quem vai cuidar da minha mãe? Não vou ter como dar a cesta básica da minha mãe. É que eu ganho dinheiro da manifestação, recebo 150 reais’. Eu respondi que o pai dele continuaria a ajudar”, contou o defensor de Caio e Raposo.

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    Segundo Nunes, Caio contou que “chegava em determinado local onde ia ter início a manifestação e já tinha uma kombi parada que ia entregando máscaras e tal e, algumas vezes, dinheiro para o transporte”. “O manifestante só ganhava se houvesse quebra-quebra”, afirmou, defendendo, mais uma vez, que “Caio é um menino calmo, que quando está nas manifestações se transforma, parece que recebe uma entidade, fica completamente diferente”.

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    O advogado disse ter tido contato com Caio antes de o rapaz embarcar para o Ceará, no dia 10 de fevereiro, e que ele tinha prometido se entregar à polícia, no restaurante Amarelinho da Glória (zona sul), no dia 11. Na data marcada, porém, apareceu apenas o pai de Caio, dizendo que o filho estava assustado e tinha saído da cidade. Nunes disse que começou, então, com a ajuda da namorada de Caio, a tentar convencer o rapaz a interromper a viagem ao Ceará e a saltar do ônibus em Feira de Santana (BA).

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