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Caio Souza, agora, acusa tatuador de ter acionado rojão que matou cinegrafista

Acusados de matar Santiago Andrade apresentam versões diferentes sobre o crime. Em depoimento à Polícia Civil, Souza afirma que jovens eram incentivados com dinheiro para passagem, lanches e quentinhas

Por Da Redação
13 fev 2014, 12h43

Preso no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, Caio Silva de Souza revelou, em depoimento à Polícia Civil e à Secretaria de Administração Penitenciária do Rio (Seap), detalhes do momento da detonação do explosivo que matou o cinegrafista Santiago Andrade. O jornal Extra teve acesso ao depoimento, no qual Souza atribui ao outro indiciado, o tatuador Rafael Raposo Barbosa, a iniciativa de usar o rojão.

Segundo o Extra, Souza afirmou a policiais da 17ª DP (São Cristóvão) e a agentes penitenciários que Raposo o “atiçou”, dizendo “solta, solta…”. Ele também acusa Raposo de ter acendido o artefato. Na versão que Raposo – também conhecido como ‘Fox’ – apresentou à polícia, a história era diferente. O tatuador afirmou, ao ser preso, que encontrou o rojão no chão e o entregou a outro homem (Souza). Este homem, então, se encarregou de acender e jogar o rojão no chão, na direção dos policiais militares.

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As versões apresentadas até agora pelos dois acusados de homicídio doloso (com intenção de matar) e de explosão em área pública, crimes que podem chegar a 35 anos de pena, têm conflitos. À TV Globo, Souza disse que pensava estar acendendo um “cabeção de nego”, uma bomba bem menos ofensiva que um rojão. Em seu depoimento prestado na quarta-feira, de acordo com o Extra, Souza afirmou ter pensado que era um sinalizador.

Além da morte de Santiago Andrade, a Polícia Civil passou a investigar o aliciamento e o financiamento de ações do grupo Black Bloc. O advogado que defende os dois acusados presos, Jonas Tadeu Nunes, afirmou à Rádio Jovem Pan, à TV Globo e ao jornal O Globo que partidos políticos e diretórios regionais fazem pagamentos aos jovens que participam de manifestações com atos violentos. Sem dar nome às agremiações, Nunes disse que Souza recebia 150 reais por protesto.

Ao depor à Polícia Civil e à Seap, Souza admite que “nem sempre participou do movimento Black Bloc, porque trabalha e nem sempre consegue participar das manifestações”. Ele contou também que esteve na ocupação na Câmara de Vereadores do Rio, no fim de 2013, onde “teve a oportunidade de ver a chegada de até cinquenta quentinhas para alimentar os ativistas”. Ele afirma ainda “que há pessoas que aliciam os jovens para participar das passeatas e já foi convidado para participar de forma remunerada”.

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