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A ‘série de coincidências negativas’ que permitiu fuga de presos no RN

Detentos escaparam pelo teto da cela e usaram alicate encontrado em obra no presídio, segundo o ministro Ricardo Lewandowski

Por Da Redação Atualizado em 7 Maio 2024, 17h16 - Publicado em 15 fev 2024, 22h22
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  • O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou nesta quinta-feira, 15, que a fuga de dois presos da penitenciária federal de Mossoró (RN) “se deu em uma série de coincidências negativas”.

    Deibson Cabral Nascimento, o “Chapa”, e Rogério da Silva Mendonça, conhecido como “Tatu” ou “Deisinho”, escaparam pelo teto da cela. “Houve uma fuga pela luminária da cela. Ao invés de estar protegida por uma laje de concreto, estava apenas por um trabalho comum de alvenaria”, disse Lewandowski. “Quando os detentos conseguiram sair pela luminária, eles entraram no shaft, onde estão tubulações, fiações e máquinas e de lá conseguiram alcançar o teto. Não havia nenhuma laje, nenhuma grade, nenhum sistema de proteção.”

    Chegando do lado de fora, é provável que tenham usado um alicate para cortar as grades. A unidade estava passando por uma reforma interna e os equipamentos não foram guardados adequadamente, facilitando o acesso dos detentos, segundo o ministro. “Eles usaram um alicate que certamente estava jogado no canteiro de obras, quando deveria estar trancado, como ocorre em outras reformas de presídios”, explicou.

    Além disso, algumas câmeras da prisão não estavam funcionando adequadamente. Lewandowski também apontou o fato de a fuga ter acontecido numa terça-feira de Carnaval quando “as pessoas eventualmente estavam mais relaxadas como costuma ocorrer neste momento”.

    “Não imaginamos que tenha sido algo orquestrado de fora, nem algo arquitetado com muito dinheiro. Foi uma fuga que custou muito barato, efetuada com o que foi encontrada no local”, afirmou o ministro.

    Lewandowski anunciou nesta quinta uma série de medidas para aumentar a segurança dos presídios federais, entre elas a construção de muralhas nas unidades — apenas uma delas conta com a proteção atualmente — e o reforço do sistema de monitoramento por vídeo, inclusive com a adoção de sistema de reconhecimento facial.

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