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9 verdades e nenhuma mentira sobre as delações da Odebrecht

Parece ficção, mas não é

Por Da redação
Atualizado em 20 abr 2017, 12h36 - Publicado em 19 abr 2017, 12h25

A divulgação dos depoimentos de executivos e ex-executivos da Odebrecht à força-tarefa da Operação Lava Jato, na última semana, trouxe à tona detalhes de como a empreiteira comprou, com propinas ou dinheiro clandestino para campanhas, nomes de peso da política brasileira. De tão insólitas, as revelações parecem mentirosas, mas são, pelo menos na versão da Odebrecht, verdadeiras. Confira dez episódios divulgados nas gravações:

1) Deputado pediu propina em tom de brincadeira – e ganhou R$ 1 milhão
O deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), conhecido no Congresso Nacional por seu estilo piadista, pediu “em tom de brincadeira” uma “ajuda” para a campanha eleitoral, segundo o delator Cláudio Melo. A Odebrecht repassou, via caixa dois, 1 milhão de reais ao peemedebista.

2) Lula recebeu “apoio” da Odebrecht desde os anos 1970
A relação entre Lula e a Odebrecht remonta aos anos 1970, quando o ex-presidente era líder sindical, de acordo com Emílio Odebrecht. O patriarca afirmou aos procuradores que os dois se conheceram quando a Odebrecht enfrentava uma greve geral no Polo Petroquímico de Camaçari, na Bahia, e o petista ajudou o empresário a ter “uma relação diferenciada com os sindicatos. Emílio Odebrecht disse que sempre “apoiou” o ex-presidente, seja com conselhos, seja com dinheiro. 

3) Empreiteira deu dinheiro às Farc
Marcelo Odebrecht revela que pagou resgate de funcionários sequestrados em países como Colômbia, Peru e Iraque. “Você não atua em países com guerrilha ou nas favelas do Rio sem pagar milícias”, afirmou.

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4) Odebrecht pediu que pastor Everaldo ajudasse Aécio Neves em debate
De acordo com o delator Fernando Reis, o grupo pediu que o candidato do PSC à Presidência da República em 2014, pastor Everaldo, fizesse perguntas para Aécio Neves (PSDB) ter mais tempo de fala em um debate presidencial daquele ano.

5) O mesmo político era apelidado de “Feio” e “Lindinho”
Estas eram as alcunhas do senador Lindbergh Farias (PT-RJ). O delator Claudio Melo Filho relacionou dezenas de políticos aos apelidos usados pela empresa para encobrir os beneficiários dos repasses. O senador Fernando Collor de Mello (PTC-AL) era o “roxinho“.

6) Pedro Barusco escondeu vinhos avaliados em mais de R$ 750 mil
O delator Rogério Araújo disse que o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco, também delator no escândalo do petrolão, pediu a ele que escondesse da Operação Lava Jato uma coleção de 24 garrafas de vinhos avaliada em 240 000 dólares, mais de 750 000 reais. Agora, a mulher de Barusco quer as garrafas de volta.

7) Odebrecht pagava propina até para índios
Segundo Henrique Serrano Valladares, lideranças indígenas receberam depósitos em conta corrente em pagamentos vinculados ao Projeto Madeira, relacionado à drenagem de sedimentos do fundo do Rio Madeira, no Amazonas. “Esse cara se tornou até meu amigo, tenho até um cocar lá em casa. O chefe da tribo lá é o Antenor Karitário”, relatou.

8) Houve roubo dentro do setor de propinas da empreiteira
A empresa perdeu o controle do esquema de corrupção e descobriu que houve roubo interno no Departamento de Operações Estruturadas, conhecido como “setor de propina”. De acordo com Marcelo Odebrecht, a construtora identificou prejuízos no caixa do departamento depois do desvio de mais de US$ 3 bilhões entre 2006 e 2014.

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9) E-e-eymael, o eterno candidato, também levou seu quinhão
Fundador do nanico PSDC e sempre candidato do partido à Presidência, José Maria Eymael caiu nas graças da empreiteira. Segundo dois delatores, a empresa doou 50 000 reais à campanha dele em 2010. O valor não foi declarado.

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