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O senhor das trevas

Thomas G. Warrior, sujeito por trás de bandas de metal como Hellhammer e Celtic Frost, traz seu novo projeto, Triptykon, para um único show em São Paulo

Por Sérgio Martins Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 jul 2020, 20h27 - Publicado em 25 Maio 2018, 13h06

O suíço Thomas Gabriel Fischer e sua banda, a Triptykon, fazem uma única apresentação em terras brasileiras hoje, às 23h, no Carioca Club (São Paulo). Os ingressos ainda estão à venda e podem ser adquiridos online (www.clubedoingresso.com) ou nas bilheterias da casa. Este lead carregado de informações e frieza nórdica não traduz a emoção de ter a oportunidade de presenciar uma performance do senhor Fischer ao vivo. Tom G. Warrior, nome de palco que adotou na década de 70, é uma das maiores expressões musicais do rock pesado dos últimos 30 anos. Criou, no início da década de 80, o Hellhammer, um dos grupos que deu início ao black metal – uma versão mais cavernosa e acelerada dos contos macabros do Black Sabbath. Celtic Frost, seu projeto seguinte, aprimorou a sonoridade do grupo anterior de Fischer ao incluir influências de música clássica e uma colaboração, na parte gráfica do artista gráfico sueco H.R. Giger (o criador do monstro de Alien – O Oitavo Passageiro). “Ele foi uma grande influência em nosso trabalho”, diz Warrior. O Triptykon existe desde 2008 e lançou até agora dois discos – Esparistera Daimones, de 2010, e Melana Chasmata, de 2014. Homem de poucas – e certeiras – palavras, Warrior deu essa entrevista para o VEJA Música.

Breathing e Boleskine House são singles distintos na carreira do Tripykon. A primeira é um heavy metal potente e Boleskine soa como o poeta canadense Leonard Cohen cantando rock pesado. Como você trabalha suas emoções para interpretar algo tão pesado e depois trabalhar canções mais lentas?

Não trabalho com ideias ou fórmulas, essas ideias apenas acontecem. A música tem de estar baseada nas emoções. Senão ela perde o sentido de existir.

 

Faz uma década que o Celtic Frost, sua banda anterior, encerrou suas atividades. Como você vê sua experiência nesse grupo, um dos ícones do black metal?

Vejo como uma evolução do caminho que trilho desde 1982, quando criei o Hellhammer e, dois anos depois, o Celtic Frost. São duas bandas que fazem parte da minha existência e estão até hoje nos meus pensamentos. A evolução também se faz presente na minha maneira de compor. Eu tinha dezoito anos quando criei o Hellhammer e estou a poucos meses de completar 55 anos. Durante esse período, eu vivi imensamente e seria patético se não colocasse essas experiências nas minhas composições.

 

Você foi um dos primeiros artistas a pintar o rosto e o corpo. De onde veio essa inspiração?

De Arthur Brown, lendário roqueiro inglês. A capa do single Nightmare, que ele lançou em 1968, teve um grande impacto em mim. Não tinha visto nada igual na cena musical daquele período.

https://www.youtube.com/watch?v=uZrcrvTegs8

 

É famosa a colaboração entre vocês e o desenhista sueco H.R. Giger. Os desenhos dele sempre foram a primeira opção do Celtic Frost ou chegaram a pensar em outro artista?

Nunca. Giger sempre foi uma grande influência para nós.

https://www.youtube.com/watch?v=EXfv2nJ6WT4

 

Você declarou que o black metal tem de ser underground. Qual o problema dele se tornar popular?

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A essência do black metal no underground. É uma cultura, uma música e uma filosofia underground e só pode existir dentro desse contexto.

 

O seu estilo vocal já foi definido como “um sujeito que carrega o mundo sobre seus ombros”. Como você criou sua maneira de cantar?

Nunca fui um bom cantor. Só assumi os vocais porque não tinha outra pessoa na banda para assumir essa função. Mas uma das minhas influências no Celtic Frost – especialmente no modo de interpretar as músicas – foi a new wave dos anos 80.

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Por falar em influências, as suas vão de Beatles ao grupo punk Discharge. O que você escuta para criar as canções do Triptykon? E que influências musicais os outros integrantes da banda trazem para as músicas?

Eu escuto exatamente a mesma coisa. Minha coleção de discos é gigantesca e a música faz parte da minha existência. Já os integrantes do Triptykon raramente colaboram no processo de composição. Por mais que os instigue a trazer novas ideias, eles devem se sentir intimidados pela minha biografia.

Existem planos de um novo álbum do Triptykon?

Ele está sendo feito a algum tempo. Mas é sempre um processo desafiador. Não se faz uma grande canção da noite para o dia…

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O que falta ainda ser explorado por Tom Fischer?

A minha própria morte.

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