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Por Fernanda Furquim
Este é um espaço dedicado às séries e minisséries produzidas para a televisão. Traz informações, comentários e curiosidades sobre produções de todas as épocas.
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Por Onde Andam Os Monkees?

Ao longo da década de 1950, muitas sitcoms utilizavam números musicais em sua narrativa. Em geral, um (ou mais) dos personagens fixos era relacionado com o show business, o que facilitava a entrada de números de variedades na história da série. O motivo era simples: os programas de variedades tinham mais audiência na época, o […]

Por Fernanda Furquim Atualizado em 31 jul 2020, 12h51 - Publicado em 12 fev 2011, 17h02

Ao longo da década de 1950, muitas sitcoms utilizavam números musicais em sua narrativa. Em geral, um (ou mais) dos personagens fixos era relacionado com o show business, o que facilitava a entrada de números de variedades na história da série.

O motivo era simples: os programas de variedades tinham mais audiência na época, o que levava as séries, em especial as sitcoms, a apelar para esse ‘truquezinho’. Mas foi na década de 1960 que surgiu aquela que é considerada a primeira série musical da TV americana.

“Os Monkees” estreou em 1966 apresentando a vida de um grupo de rock desempregado em busca de uma oportunidade para mostrar sua música. Adotando a linguagem ‘psicodélica’, a série apresentava várias situações nas quais Davy, Mike, Mickey e Peter se envolviam. A ideia surgiu em 1964, em função da fama do grupo inglês “The Beatles”, que popularizou as bandas de rock de garagem.

Produzida pela Screem Gems, subsidiária da Columbia Pictures, a série introduziu uma banda formada ‘a dedo’ pelos produtores. Mickey Dolenz, Mike Nesmith, Peter Tork e Davy Jones foram os jovens escolhidos para se tornarem a nova sensação da América. E conseguiram. Aliando a série a turnês, à execução de músicas no rádio e ao lançamento de álbuns, a produção de “Os Monkees” criou uma estrutura multimídia que é utilizada ainda nos dias de hoje com “Glee”.

A série foi produzida por apenas duas temporadas com 58 episódios mais dois filmes (33⅓ Revolutions Per Monkee e Head), um deles escrito por Jack Nicholson em parceria com Bob Rafelson. O fim da produção televisiva ocorreu por vários motivos, entre eles, as brigas internas. Contratados como ‘fantoches’, os integrantes do grupo revelaram ser pessoas com vontades e opiniões. Lutando pelo domínio artístico do programa, em especial das músicas, o grupo se desintegrou.

Os integrantes continuariam a se apresentar em turnês antes de se separarem em definitivo. O primeiro a deixar a banda foi Peter Tork, que formou seu próprio conjunto; depois saiu Mike Nesmith. Davy Jones e Mickey Dolenz ainda se apresentaram por algum tempo ao lado de Tommy Boyce e Bobby Hart, dupla responsável por compor boa parte das músicas dos Monkees. Mas logo se separaram.

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Ao longo da década de 1970, cada integrante seguiu carreira solo. Apenas Mickey manteve sua carreira de ator, embora os demais continuassem a fazer participações especiais aqui e ali.

Em 1986, os Monkees se reuniram novamente, participando de turnês que resgataram o sucesso conquistado na década de 1960. Dos quatro, apenas Mike não voltou, embora tivesse participado de um único show com os demais, em nome dos ‘velhos tempos’.  O sucesso do retorno gerou a produção de uma nova série, “The New Monkees”, em 1987. Contando com novos integrantes (Jared Chandler, Dino Kovas, Marty Ross e Larry Saltis), a série foi cancelada com apenas uma temporada de 13 episódios.

Mas, de lá para cá, por onde andam “Os Monkees”?

Mike Nesmith – Adolescente rebelde e introspectivo, vindo de um lar desfeito, Mike sonhava em ser músico. Começou apresentando-se em bares mas, casado e com filhos para criar, ele vivia em dívidas. Quando foi escolhido para integrar o elenco da série “Os Monkees”, os produtores precisaram tirar Mike da cadeia, preso por dívidas atrasadas.

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Ao longo de toda a produção, Mike foi aquele que mais lutou e brigou por seus direitos de compor suas próprias músicas para a banda. Mas seu estilo musical não combinava com aquele escolhido para o programa. Depois que a série foi cancelada, Mike formou a “The First National Band”, que durou apenas um ano. Tentou investir no negócio de gravadoras, montando a Countryside, em parceria com a Elektra Records, que também não foi adiante.

Ainda integraria a banda Second National Band, antes de montar a Pacific Arts Corporation, com a qual produziu vários de seus álbuns solos e o programa “Michael Nesmith in Television Parts”, programa que recebeu muitos convidados humoristas desconhecidos na época, como Jerry Seinfeld, Whoopi Goldberg, Garry Shandling, Jay Leno e Arsenio Hall.

Sua vida mudaria quando sua mãe, uma engenheira química que inventou o liquid paper, vendeu os direitos do produto para a Gilette Corporation em 1979. Falecendo em 1980, ela deixou sua fortuna para Mike, que utilizou o dinheiro para criar a Pacific Arts Pictures, com a qual passou a produzir e distribuir filmes.

Divorciado de Phyllis, com quem teve três filhos, Mike se casou em 1976 com Kathryn Bild, de quem se separou em 1988. Em 2000, ele se casaria com Victoria Kennedy.

Atualmente com 68 anos, Mike mantém a empresa Pacific Corporation, que expandiu para as áreas de produção de vídeo game, home vídeo, livros áudio e programas para a Internet, como o Videorach 3D. Além de homem de negócios, músico e compositor, Mike também é autor de livros.

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Em 1995, foi publicada sua biografia, “Total Control: The Michael Nesmith Story”, escrita por Randi L. Massingill, que foi atualizada e relançada em 2005.

Micky DolenzNascido George Michael Dolenz, ele já fazia parte do mundo do show business quando estrelou a série “Os Monkees”. Filho do ator George Dolenz, da série “O Conde de Monte Cristo”, Micky iniciou carreira aos nove anos de idade quando estrelou o seriado “O Menino do Circo”. Nesta época, ele utilizava o nome de Mickey Braddock, para não ser associado ao pai. Além disso, seus cabelos negros foram tingidos de loiro. Seu pai morreu pouco depois do cancelamento de “O Menino do Circo”. Na época dedicando-se aos estudos, o rapaz largou a escola e arranjou um emprego como mecânico da empresa Mercedes Benz.

O ator retornou à carreira artística em 1964, com participações especiais. Nessa mesma época formou a banda Missing Links, utilizando o nome de Mike Swain. Foi nesse período que ele foi contratado para integrar o elenco de “Os Monkees”, passando a usar seu próprio nome, Micky Dolenz.

Com o fim da série e do grupo, Micky dividiu seu tempo entre duas carreiras, a de músico e a de diretor de filmes, episódios de séries, vídeo clipes e peças de teatro, atuando nos EUA e na Inglaterra.

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Micky se casou três vezes. A primeira com Samantha Juste, entre 1968 e 1975, com quem teve uma filha,  a atriz Ami Dolenz; a segunda com Trini Dolenz, entre 1977 e 1991, com quem teve mais três filhas. A terceira com Donna Quinter, em 2002, com quem permanece casado.

Atualmente com 65 anos, Micky se mantém em atividade também como ator e cantor. Seu mais recente trabalho foi a montagem do musical “Hairspray“, que iniciou em Londres e chegou à Broadway.

Davy Jones Nascido David Thomas Jones, o ator inglês iniciou sua carreira fazendo participações em programas do rádio e da TV. Logo depois passou a atuar em musicais, chegando a interpretar Artful Dodger na montagem de “Oliver!”. Foi com esse musical que ele chegou à Broadway em 1963, dando ao ator e cantor de 17 anos de idade uma indicação ao prêmio Tony. Divulgando o musical, Davy  e o elenco se apresentaram no programa “The Ed Sullivan Show”, no dia 9 de fevereiro de 1964, pouco antes do  grupo The Beatles fazer sua histórica apresentação na TV americana.

O sucesso do musical levou Davy a Los Angeles, onde assinou um contrato com a Columbia Pictures para lançar seus discos solo. Pelo contrato, o estúdio teria que lhe arranjar um programa para estrelar na TV. Assim, após algumas participações especiais, Davy entrou para o elenco de “Os Monkees”. Sua baixa estatura e sua carinha de adolescente o transformaram no ídolo das jovens da época. Em função disso, ele manteve em segredo seu casamento com Lisa Haines, ocorrido em 1967.

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Nessa época, ele continuava a declarar em entrevista ser solteiro e não ter intenção de se casar. Quando o fato foi descoberto, suas fãs se sentiram traídas. Essa história prejudicou sua carreira e sua popularidade durante os anos seguintes. Mesmo assim, manteve-se em atividade, tanto como cantor em shows, quanto como ator. Teve participações em séries de TV como “O Barco do Amor”, “O Jogo Perigoso do Amor” e “A Família Brady”.

Em 1975, Davy se divorciou de Linda, com quem teve duas filhas, casando-se novamente em 1982 com Anita Pollinger, ex-coelhinha da Playboy. O casal teve dois filhos, mas a união terminou em divórcio em 1999. Desde 2009, Davy está casado com Jessica Pacheco.

Atualmente com 65 anos, Davy mantém sua carreira de músico, gravando álbuns e apresentando-se em turnês. Desde pequeno sonhava em ser jóckey, profissão que nunca seguiu, mas ao longo dos anos, montou seu próprio haras, onde cria e treina cavalos, que lhe renderam diversos prêmios.

Adendo: David Jones faleceu no dia 29 de fevereiro de 2012.

Peter Tork Nascido Peter Halsten Torkelson, filho de militar, ele foi morar na Alemanha quando tinha cinco anos de idade. Na época, seu pai era um dos responsáveis por supervisionar a retirada das tropas americanas do território alemão. Sonhando em se tornar professor de inglês, Peter trocou os livros pela música. Aprendeu a tocar banjo, violão e trompa, passando a integrar a orquestra da Universidade de Connecticut, quando ainda estava na faculdade. Nessa mesma época, estreou como ator em peças universitárias.

Casou-se aos 18 anos de idade com Judy Babb, na época com 16 anos. A união durou apenas três meses. Mudou-se para Nova Iorque para viver com a avó. Lá, trabalhou como mensageiro de uma agência teatral. Logo se mudou para o Greenwish Village, onde passou a se apresentar como músico em bares, trabalhando como lavador de pratos em restaurantes durante o dia.

Em 1965 mudou-se para Los Angeles onde, pouco depois, fez testes para a série “Os Monkees”. Comparado pelos produtores ao comediante Harpo Marx, Peter foi contratado para ser o ‘pateta’ do grupo.

Com o fim da série, Peter seguiu uma carreira solo como cantor e guitarrista. Percorreu várias cidades dos EUA e chegou a ser preso por vadiagem e porte de drogas. Largou tudo para ser professor de inglês e estudos sociais na Pacific Hills School, mas voltou para a música se estabelecendo com a banda Shoe Suede Blues.

Tork se casou mais três vezes: com Reini Stewart, filha de James Stewart, com quem teve uma filha, Hallie Elizabeth; com Barbara Iannoli, entre 1975 e 1987, com quem teve um filho, Ivan Joseph; e com Tammy Susteck, em 1997, com quem teve uma filha, Erica Marie.

Em 2009, Tork foi diagnosticado com uma forma rara de câncer, o Adenoid Cystic Carcinoma, que geralmente é encontrado nas glândulas salivares. No caso de Tork, o tumor foi descoberto na região baixa da língua. Submetido a uma cirurgia e a um tratamento de quimioterapia, Tork se recuperou, voltando a se apresentar em shows em 2010. Atualmente, o ator e músico está com 68 anos.
Fernanda Furquim: @Fer_Furquim

Abertura do episódio piloto:

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=ZWea5rB7XlY?wmode=transparent&fs=1&hl=en&modestbranding=1&iv_load_policy=3&showsearch=0&rel=1&theme=dark&feature=related&w=425&h=344%5D

Trecho de um dos episódios:

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=0N1apLkM84o?wmode=transparent&fs=1&hl=en&modestbranding=1&iv_load_policy=3&showsearch=0&rel=1&theme=dark&feature=related&w=425&h=344%5D

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