Haddad: ‘Economia nordestina continua crescendo’
Presidenciável do PT entende que crise no Sul e Sudeste levou eleitores a 'posição extremista'
O candidato à Presidência Fernando Haddad (PT) disse nesta terça-feira (9) que sua vitória no Nordeste, que garantiu sua presença no segundo turno, se deve à continuidade de programas petistas de crescimento econômico, ao contrário dos estados do Sul e Sudeste, onde “momento de dificuldade” levou a “posição extremista”.
“O país está estagnado, mas o Nordeste continua crescendo. A economia nordestina continua crescendo em função dos programas (petistas) que não foram liquidados e que promovem o crescimento econômico. Temos que levar para o resto do país os programas que deram certo. Nós geramos 20 milhões de empregos no país, ninguém sabe gerar emprego como nós”, disse Haddad em entrevista ao programa Esfera Pública, da Rádio Guaíba, de Porto Alegre.
Haddad afirmou também que estados em situação financeira mais complicada, como parte do Sul e Sudeste, podem ter levado eleitores a adotar “posição” extremista.
“A verdade é que o Sul e Sudeste estão com as economias estagnadas. Muitas vezes, num momento de dificuldade, os eleitores podem ser levados para uma posição extremista. Não podemos deixar de considerar o sentimento do eleitor e buscar o diálogo”, afirmou o candidato.
O Rio Grande do Sul, onde Haddad perdeu, tem déficit fiscal, o que levou a parcelamento de salários, crise na segurança e atraso de repasses. O estado, seguido de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, tem a pior situação fiscal segundo ranking da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).
No mesmo ranking, estados do Nordeste, como Ceará, Maranhão e Paraíba, aparecem ocupando os primeiros lugares na avaliação positiva. Na região, Haddad recebeu a maioria dos votos. Ciro Gomes (PDT) venceu no Ceará, onde o governador Camilo Santana (PT) foi reeleito com a vice Izolda Cela (PDT).