Para que serve o Google?
Ah, minha Nossa Senhora da Inculta e Bela! Escreve um filo-apedeuta: No Google:11 ocorrências p/ “dá ou desse”38.000 ocorrências p/ “dá ou desce”Você está querendo nos enganar?Ai outro tentando afetar solidariedade:Caro Rei:Você precisa saber reconhecer seus erros. Não é feio errar. Feio é dar uma explicação esdrúcula (sic) para tentar se justificar. Você tá parecendo […]
Ah, minha Nossa Senhora da Inculta e Bela! Escreve um filo-apedeuta:
No Google:11 ocorrências p/ “dá ou desse”
38.000 ocorrências p/ “dá ou desce”
Você está querendo nos enganar?
Ai outro tentando afetar solidariedade:
Caro Rei:
Você precisa saber reconhecer seus erros. Não é feio errar. Feio é dar uma explicação esdrúcula (sic) para tentar se justificar. Você tá parecendo o Renan.
Respondo
No Google, há 198 mil “excessão”. Não vi tudo, mas posso garantir que não se está querendo dizer “excesso grandão”… Há, ainda, 1.520.000 “rúbricas”, com acento, contra apenas 1.510.000 “rubricas”, que é o certo.
Felizmente, a língua não é regida pela democratite — é influenciada, mas não dominada. A democracia é o melhor dos piores regimes de governo. Mas não serve para arbitrar questões gramaticais e similares.
Quanto ao leitor que me convoca para a humildade, dizer o quê? Quando erro, admito e me corrijo. Mas não vou referendar a sua tolice só para ser simpático. Ah, sim: cuidado com o Google. Sem ferramentas de busca, o jornalismo se faria em outra velocidade. E seria pior para jornalistas e leitores — ao contrário do que querem alguns dinossauros. Imaginem o tempo que se perderia (e se perdia) só para encontrar uma reportagem no arquivo, coisa que pode ser feita, hoje em dia, em segundos. Trata-se de uma ferramenta formidável, mas é bom saber que ela não distingue Lula de Schopenhauer. Quem tem de fazer a distinção é o usuário. E isso não se aprende no, bem…, Google!