Investigado na Operação Porto Seguro é afastado dos Correios
No Globo: Investigado pela Polícia Federal na Operação Porto Seguro, o vice-presidente jurídico dos Correios, Jefferson Carús Guedes, afastou-se nesta segunda-feira do cargo. O afastamento deverá ser de 15 dias, “para o levantamento de processos com participação da empresa LM Negócios Inteligentes, por auditoria determinada pela presidência da ECT”, segundo nota desta segunda-feira dos Correios. […]
No Globo:
Investigado pela Polícia Federal na Operação Porto Seguro, o vice-presidente jurídico dos Correios, Jefferson Carús Guedes, afastou-se nesta segunda-feira do cargo. O afastamento deverá ser de 15 dias, “para o levantamento de processos com participação da empresa LM Negócios Inteligentes, por auditoria determinada pela presidência da ECT”, segundo nota desta segunda-feira dos Correios.
Jefferson é citado no inquérito por ligações próximas com o ex-diretor da Agência Nacional de Águas (ANA) Paulo Vieira, acusado de chefiar a quadrilha. Segundo a PF, a LM Negócios Inteligentes seria usada para participar de concorrências e disputar a franquia de uma agência dos Correios em São Paulo. Segundo os Correios, a LM Negócios Inteligentes não foi beneficiada nos Correios, participou de três licitações e não venceu nenhuma.
Segundo a PF, Vieira tentou acionar Guedes para rediscutir o caso. Ao GLOBO, Guedes afirmou que sua relação com Vieira era “institucional e acadêmica” e que não favoreceu a LM.
“O vice-presidente destacou que a LM participou de três concorrências nos Correios e foi inabilitada ou desclassificada em todas, não tendo nenhum contrato firmado com a ECT. Guedes reiterou que, mesmo não tendo sido convocado ou intimado, sempre esteve à disposição da Polícia Federal para esclarecer os fatos”, diz a nota divulgada ontem pelos Correios.
Razões de foro íntimo
Investigado na Porto Seguro, o ministro do Tribunal de Contas da União José Múcio Monteiro não quis revelar nesta segunda-feira os motivos “de foro íntimo” que o levaram a se declarar impedido de relatar o processo no TCU contra a Tecondi, que atua no Porto de Santos e tinha interesses defendidos por Paulo Vieira.
O impedimento de Múcio interessava à organização, segundo e-mail interceptado pela PF. Ao GLOBO, José Múcio disse ter recebido Vieira duas vezes em seu gabinete para tratar de assuntos relacionados a “processos em tramitação no Tribunal”.
(…)