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Fraude na CPI – Dilma tenta dar uma de Valesca Popozuda. Não cola!

Fraudar uma CPI é fraudar a vontade popular. Fraudar uma CPI é fraudar a democracia. Fraudar uma CPI é fraudar a República. Fraudar uma CPI é atentar contra o estado de direito. Fraudar uma CPI é cometer um crime para tentar esconder crimes antigos. Infelizmente, o governo e o PT fizeram tudo isso quando se […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 03h21 - Publicado em 4 ago 2014, 16h03

Fraudar uma CPI é fraudar a vontade popular.
Fraudar uma CPI é fraudar a democracia.
Fraudar uma CPI é fraudar a República.
Fraudar uma CPI é atentar contra o estado de direito.
Fraudar uma CPI é cometer um crime para tentar esconder crimes antigos.

Infelizmente, o governo e o PT fizeram tudo isso quando se organizaram para repassar com antecedência aos depoentes da CPI da Petrobras as perguntas que seriam feitas pelos senadores — perguntas, pasmem vocês!, que já vinham com as respostas, com o gabarito, conforme demonstrou reportagem de capa da VEJA desta semana. No comando da operação, políticos, altos funcionários da Petrobras e servidores de pedigree. E Dilma Rousseff?

Nesta segunda, a presidente diz não ter nada com isso e afirmou ser esse um problema do Congresso. Não é, não! A chefe da nação estaria errada se não estivesse apenas empregando a tática do despiste. Só para lembrar: o relator da CPI da Petrobras no Senado, José Pimentel (PT-CE), apelou a Graça Foster, presidente da Petrobras, e ao petista José Eduardo Dutra, diretor da estatal, para passar adiante as perguntas que seriam feitas a depoentes da comissão — entre eles José Sérgio Gabrielli, Nestor Cerveró e a própria Graça.

Estrelam ainda a tramoia o senador Delcídio Amaral (PT-MS); Paulo Argenta, assessor especial da Secretaria de Relações Institucionais; Marcos Rogério de Souza, assessor da liderança do governo no Senado; Carlos Hetzel, assessor da liderança do PT na Casa; o chefe do escritório da Petrobras em Brasília, José Eduardo Sobral Barrocas; Leonan Calderado Filho, que responde pelo departamento jurídico desse escritório e não havia sido ainda identificado, e Bruno Ferreira, advogado da empresa.

Sim, trata-se de pessoas da cúpula da estatal, indicadas por Dilma, e de figuras do escalão superior do petismo. Mais: Argenta, peça-chave da tramoia, é braço-direito de Ricardo Berzoini, ministro das Relações Institucionais, nomeado pela presidente com a tarefa de “controlar” o caso Petrobras. Estamos vendo como.

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Depois do mensalão, essa é a mais grave agressão institucional praticada pelo petismo contra o Poder Legislativo. As oposições devem entrar hoje com representações na Comissão de Ética do Senado, na Comissão de Ética da Presidência e na Procuradoria-Geral da República.

Dilma está tentando ser a Valesca Popozuda da política, achando que pode dar um “beijinho no ombro” e sair altiva pelo salão. Não pode! E os funcionários que estão sob o seu comando e, comprovadamente — porque há a prova —, se envolveram numa fraude contra o Congresso? O que vai acontecer com eles? Sem contar, é bom destacar, que uma CPI também tem poderes de polícia. Estamos diante de um crime de estado.

E, para arremate dos males, note-se: Dilma tentou dar nesta segunda o tal “beijinho no ombro” numa visita que fez a uma Unidade Básica de Saúde em Guarulhos, na Região Metropolitana de São Paulo, que recebeu profissionais do Mais Médicos. Era agenda de candidata, não de presidente, embora tudo tenha sido organizado com dinheiro público — viagem a São Paulo, deslocamento de assessores, mobilização de seguranças etc. Sem contar que a dita “presidenta” estava em horário de expediente! E como a gente sabe que se tratava de campanha? Uma equipe de João Santana, seu marqueteiro, estava presente para registrar tudo. Acompanhava Dilma em sua campanha eleitoral com dinheiro público o ministro da Saúde, Arthur Chioro. Ilegalidade praticada pela chefe. Ilegalidade praticada pelo subordinado.

Eles acham que podem tudo. Até quando?

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