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Eduardo Campos, as oposições etc. Abrindo barrigas e ideias

Eita profissão danada esta! Tá. Todas elas têm seu lado desagradável, não? Estou certo de que, por mais que o cirurgião seja um encantado com a máquina humana, há sempre a hora em que é obrigado a realizar procedimentos de que não gosta. O governo Dilma é fraco e atrapalhado? Perguntem a Guido Mantega, por […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 04h46 - Publicado em 19 dez 2013, 19h19

Eita profissão danada esta! Tá. Todas elas têm seu lado desagradável, não? Estou certo de que, por mais que o cirurgião seja um encantado com a máquina humana, há sempre a hora em que é obrigado a realizar procedimentos de que não gosta.

O governo Dilma é fraco e atrapalhado? Perguntem a Guido Mantega, por exemplo. Logo, seria muito bom que surgisse no horizonte uma alternativa, não é mesmo? Aí vem a público um documento do PSDB com 12 pontos. Lido no detalhe, não se consegue saber qual é o diagnóstico de que parte o texto, embora diga coisas corretas aqui e ali.

Também o PSB de Eduardo Campos, atual governador de Pernambuco, acha que pode tomar o trono de Dilma. Como indagaria o sambista, “com que roupa?”. Campos discursou nesta segunda, durante ato de filiação da ministra Eliana Calmon ao PSB — na verdade, ela é da linha “Rede” e deve se candidatar ao Senado pela Bahia. Aí Campos afirmou:
“Todos nós que olhamos para Brasília hoje e vemos aquela aliança que aí esta formada, olhamos nossa trajetória e temos no nosso coração e consciência uma conclusão rápida: aquela aliança já deu o que tinha que dar ao Brasil”.

Ok. Eu concordo com ele. Só que eu não era membro dessa aliança até outro dia, não é? Em que ponto da trajetória a tal “aliança” deixou de fazer o que o governador achava que teria de ser feito. A propósito: fosse ele o candidato ungido pela turma, teria a mesma opinião? O que Dilma fez de errado? Eu tenho apontado aqui umas 500 coisas. Mas e Campos?

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Mais: o governador vem com uma cascata meio incompreensível sobre “conservadorismo”. Disse querer uma aliança mais programática e progressista, “levando para o centro partidos que militam pelas transformações verdadeiras”.

Heeeinnn? O quê? De quem ele está falando? De quais partidos? A propósito: onde estão esses outros partidos? Quem empresta o sotaque “conservador” a Dilma? Seria o PMDB? Eu sempre falo tudo o que penso, escrevo tudo o que penso. Há milhares de coisas que detesto no PMDB, mas relevo uma coisa: não vi, até agora, o partido a defender teses que flertem com a ditadura. No caso de petistas e outros esquerdistas, já.

A coisa não para por aí, não. Boa parte do que existe de errado com Dilma decorre de escolhas que, no terreno da ideologia, estão, vamos dizer, mais para os “progressistas” do que para os “conservadores”. Das intervenções na economia à manipulação de preços administrados para segurar a inflação, passando pela Bolsa BNDES, o que se tem é um protagonismo… progressista e desastrado.

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Quais partidos fariam a coisa de modo diferente? O PSB? O PCdoB? A Rede? Essa diferença consistiria exatamente em quê?

Entenderam aquela associação médico-jornalista? Eu também não gosto de abrir o abdômen de certas ideias e chegar à conclusão de que elas não têm conserto. O governo Dilma é tão ruim que está a merecer uma oposição mais clara, mais precisa, mais substantiva. Por enquanto, PSDB e PSB parecem se contentar em investir numa esfera de sensações: “Ah, estamos cansados dela e podemos fazer melhor…”.

É pouco. Sem contar que, no caso, há sempre o risco de a maioria acreditar. E, aí, é preciso saber  o que fazer…

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