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Documento revela que governo estava vendido sobre tombo na OCDE

Acesso era tratado como certo para 2022, um 'objetivo central da política externa'; Bolsonaro aparece como o responsável pelo feito

Por Evandro Éboli Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 10 out 2019, 17h17 - Publicado em 10 out 2019, 16h17

O governo de Jair Bolsonaro foi pego completamente de surpresa com a notícia de que os Estados Unidos não apoiam mais o ingresso do Brasil na Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Econômico (OCDE). Um balde de água fria.

Documentos internos de reuniões e cronogramas da Casa Civil e do Itamaraty revelam como o governo estava distante da realidade que se passava nos Estados Unidos, ao acreditar cegamente em Donald Trump.

Num desses materiais, obtido pelo Radar, o governo acredita piamente na acessão, esse é o termo, à OCDE. E marca até data: “2022: meta de concretização da acessão”.

Em outro paper de discussão interna, na “descrição do projeto”, a entrada no organismo é apontada como “objetivo central da política externa brasileira”. No quesito “benefícios para a população”, está descrito: “a implementação das práticas defendidas pela OCDE estimula a concorrência, a transparência na prestação dos serviços públicos, facilita entrada de capital externo para investimento no Brasil e simplifica regras para o empreendedorismo no Brasil e no exterior.

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E exalta a figura de Bolsonaro, como o responsável pelo então sucesso da empreitada. “Como resultado de intenso trabalho diplomático do atual governo foi possível obter o apoio de todos os membros da OCDE para a entrada brasileira, com destaque para o apoio dos Estados unidos , obtido pelo presidente da República, Jair Bolsonaro”.

O Brasil gastou muita energia nesse processo de Acessão à OCDE. Começou em 1994, quando iniciou a cooperação com o organismo; em 2007, chegou ao status de “engajamento ampliado”; em 2017, o país formalizou seu interesse de ingressar; em março deste ano, ocorreu a declaração conjunta entre Brasil e Estados Unidos sobre o apoio norte-americano, que agora fez água.

O governo formulou pedido de adesão a 37 instrumentos ambientais da OCDE e solicitou status de participante no seu comitê ambiental, questão cara no exterior. Pelo menos quatro ministérios estão envolvidos: Itamaraty, Economia, Meio Ambiente e Agricultura. E todo o Planalto.

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Foram vários os comitês criados para implementar a adesão: de Governança Pública, de Política de Desenvolvimento Regional, de Concorrência, de Políticas Educacionais, de Seguros e Pensões Privadas.

Por decreto foi criado o  Conselho Brasil-OCDE, um colegiado para preparação e o acompanhamento do processo de acessão à OCDE, coordenado pela Casa Civil.

O Brasil até ratificou um acordo de cooperação para balizar relações jurídicas com OCDE.

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(Reprodução/VEJA)
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