Delegado que desmentiu Bolsonaro volta a depor na PF
Investigadores continuam nesta terça a falar no caso da interferência presidencial na instituição
Na semana em que completa o primeiro mês de crise, a Polícia Federal vai interrogar dois delegados federais nesta terça-feira sobre as acusações de Sergio Moro contra Jair Bolsonaro, que teria usado a caneta presidencial para tentar aparelhar a corporação de modo a tentar blindar de investigações criminais familiares e amigos.
O diretor-executivo da Polícia Federal, Carlos Henrique de Oliveira Sousa, ex-chefe no Rio, que há havia prestado depoimento na semana passada, e desmentido a versão de Bolsonaro de que a PF fazia sua segurança familiar e de amigos, será reinquirido após ter solicitado a nova oitiva.
Na avaliação de interlocutores do caso, o número dois da PF demonstrou insegurança em algumas respostas no primeiro depoimento, quando falou dos movimentos de Bolsonaro para colocar na PF do Rio o delegado Alexandre Saraiva. Seria por causa disso que o delegado teria pedido para depor novamente.
O primeiro a depor, no entanto, é o delegado Claudio Ferreira Gomes, diretor de inteligência da Polícia Federal. Sua oitiva estava marcada para começar há pouco, em Brasília.
Nesta quarta, serão ouvidos o superintendente da PF em Minas Gerais, Cairo Costa Duarte, e o delegado Rodrigo Morais, que comandou as investigações sobre a possível existência de mandante no atentado contra Bolsonaro.
ATUALIZAÇÃO, 19h11 — O Radar revelou há pouco o conteúdo do depoimento de Carlos Henrique. Leia mais em Ramagem levou delegado a Bolsonaro antes dele assumir a PF no Rio e em delegado revela ação de Ramagem para que ele deixasse chefia da PF no Rio.