PF não fez segurança do clã Bolsonaro no Rio, diz delegado em depoimento
Versão de Carlos Henrique de Oliveira Sousa desmonta argumento do Planalto para justificar pressões do presidente na corporação
Em depoimento à Polícia Federal nesta quarta-feira 13, o diretor-executivo da Polícia Federal, Carlos Henrique de Oliveira Sousa, ex-chefe no Rio, foi questionado sobre um dos pontos cruciais da defesa de Jair Bolsonaro no inquérito que apura interferências na corporação.
O presidente da República sustenta que pressionou Sergio Moro a trocar o superintendente da PF no Rio porque estava preocupado com sua segurança pessoal no estado. O delegado foi questionado sobre participação de policiais federais nesse tipo de serviço e negou o envolvimento da corporação.
ASSINE VEJA
Clique e Assine“Perguntado sobre a participação de policiais federais no Rio de Janeiro na segurança de familiares do presidente, disse que não há, ao seu conhecimento, essa participação, pois quem faz a segurança pessoal é o GSI”, disse Sousa.
A versão do delegado, que comandou o escritório da PF no Rio desmente os depoimentos dos generais Augusto Heleno, Walter Braga Netto e Luiz Eduardo Ramos, que citaram a mesma versão em suas falas aos interrogadores.