CPI deve questionar ex-secretário do AM, que foi preso, sobre oxigênio
Marcellus Campêlo deixou o cargo há uma semana, depois de passar cinco dias na cadeia
Secretário estadual da Saúde do Amazonas até a semana passada, Marcellus Campêlo depõe nesta terça-feira na CPI da Pandemia exatos 13 dias depois de ter sido preso em operação da PF que também teve como alvo o governador Wilson Lima — que não compareceu ao Senado para o seu depoimento na semana passada. Campêlo deixou o cargo no dia em que foi solto, após passar cinco dias na cadeia.
Agora na condição de convocado da comissão, ele deverá ser questionado sobre a crise que levou hospitais do Estado a ficarem sem oxigênio, em janeiro deste ano, provocando a morte de pacientes com Covid-19. Trata-se de um dos focos de investigação da CPI. E sobre a participação do governo Bolsonaro no episódio, com foco na equipe do então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.
Alvo da Operação Sangria, Campêlo também terá que responder sobre o esquema de crimes praticados por integrantes do governo do Amazonas a partir de contratos da pandemia.
Segundo as investigações, há indícios de que funcionários do alto escalão da Secretaria de Saúde realizaram contratação fraudulenta para favorecer grupo de empresários locais, sob orientação da cúpula do Governo do Estado, de um hospital de campanha que, de acordo com os elementos de prova, não atende às necessidades básicas de assistência à população atingida pela pandemia Covid-19, bem como coloca em risco de contaminação os pacientes e os funcionários da unidade.