A estratégia de Bolsonaro para se livrar do caso Covaxin: culpar Pazuello
No Planalto, circula a versão de que o presidente procurou o então ministro da Saúde depois de ter sido alertado pelo deputado Luis Miranda e seu irmão
Jair Bolsonaro já definiu a estratégia para se desvincular da acusação de que acobertou corrupção na compra da vacina indiana.
Dirá que, depois de ter sido alertado pelo deputado federal Luis Miranda e seu irmão, no dia 20 de março, acionou Eduardo Pazuello — e não a PF, como teria prometido ao aliado no Palácio da Alvorada, no dia 20 de março.
A versão será que o então ministro da Saúde garantiu ao presidente que estava “tudo resolvido”, com a retificação do documento de compra do imunizante.
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Na ocasião, Pazuello já estava demissionário. Bolsonaro anunciou dias antes a chegada do atual ministro, Marcelo Queiroga, que aguardava sua nomeação.
Hoje secretário de Estudos Estratégicos no Palácio do Planalto, Pazuello participou das reuniões do governo na quarta-feira, quando estourou a crise de Miranda. Antes de sair para ir ao médico, comentou que lembrava do contato de Bolsonaro em março.