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O clima no MEC depois de quase uma semana sem comando

Indefinição e apreensão pela escolha do substituto de Abraham Weintraub

Por Mariana Muniz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 25 jun 2020, 09h02 - Publicado em 25 jun 2020, 06h09

O Ministério da Educação já passou por várias fases. Por ter um orçamento gigantesco, sempre foi uma pasta cobiçada e prestigiada na Esplanada. Não chegava a ser uma diretoria “que fura poço”, como o inesquecível Severino Cavalcanti costumava definir, com brilho nos olhos, os cargos da Petrobras, mas o MEC sempre foi desejado pelos partidos por sua incrível capilaridade e capacidade de produzir agendas positivas.

Essa força e popularidade da pasta foi usada de diferentes formas ao longo dos governos. Foram muitas as experiências do MEC, da administração petista à chegada do centrão, com o DEM, no governo Michel Temer.

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Entre altos e baixos, nunca se viu nada parecido nos corredores da pasta como o descalabro administrativo dos últimos dias, com o ministério completando uma semana sem uma chefia oficial. Nos corredores da pasta, o clima é de apreensão, segundo fontes relataram ao Radar.

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Não só pela expectativa da escolha do próximo ministro, mas pelo apagão gerencial que vem atrapalhando o andamento dos trabalhos que precisam ser desempenhados. O Radar já mostrou que setores básicos da pasta só funcionam porque estão pendurados em atos adotados ainda na gestão Temer.

“A falta de direção, de norte, marca o que temos vivido nos últimos dias dentro do Ministério. Na verdade, foi um aprofundamento das indefinições que já estávamos experimentando há algum tempo. Tem muito servidor perdido”, disse um servidor.

Desde segunda-feira, uma miríade de possíveis candidatos já foi apresentada como “ministeriável”, alguns deles seguindo o rito de peregrinações ao Palácio do Planalto. Mas nada de martelo batido.

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No ministério, onde tudo que a turma que carrega o piano deseja é estabilidade e um gestor qualificado no comando, o cenário é desolador. Afinal, no Planalto, o que se busca é um novo Weintraub, mais polido, com algum conhecimento de português e menos apego por redes sociais para comandar a pasta.

A sonhada reabertura do ministério ao debate com os diferentes setores do ensino, o resgate do diálogo com as comissões técnicas do Congresso, a busca de bandeiras comuns que deixem em segundo plano as divergências, enfim, o trabalho que o país tanto precisa para avançar, está longe de ser a pauta das conversas de Bolsonaro com os pretendentes.

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