Uma juíza federal pediu ao Hospital das Forças Armadas, em Brasília, que informasse os nomes e os resultados dos exames para coronavírus dos acompanhantes do presidente Jair Bolsonaro em sua recente viagem aos Estados Unidos.
A direção do hospital respondeu com uma lista de 15 nomes, e omitiu outros dois. Justificou-se dizendo que os dois precisavam ter suas identidades ignoradas em nome do respeito à privacidade, à honra, etc. e tal. Não explicou por que os demais, não.
Servidores do Palácio do Planalto, mediante a garantia de que permaneceriam anônimos, disseram ao jornal Correio Braziliense que os dois nomes ocultos são de Bolsonaro e da sua mulher, Michelle, vista em público pela última vez no domingo dia 15.
Justamente naquele dia, Bolsonaro confraternizou ao pé da rampa do palácio com seus devotos convocados para exigir o fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal. Teve contato físico com pelo menos 272 deles, contou o jornal O Estado de S. Paulo.
Se um dia confirmar-se que Bolsonaro foi às ruas apesar de ter contraído o vírus, será o seu fim tantas vezes adiado. Estará provado que mentiu ao país, o crime mais grave que alguma autoridade pode cometer, embora todas mintam diariamente.
Sabe-se que um total de 25 acompanhantes de Bolsonaro testou positivo para o coronavírus. E que dois dos motoristas que o transportam entre o Palácio da Alvorada, onde mora, e o Palácio do Planalto, onde dá expediente, foram contaminados.