Fora Roberto Jeffeson (PDT-RJ), que ao denunciar o mensalão do PT quase liquidou o governo Lula, mas em compensação liquidou-se, o político que muito sabe sobre o lixo do poder pode até ameaçar contar, mas acaba não contando.
Se o costume se mantiver de pé, não se deve acreditar na promessa de abertura da caixa de ferramentas por parte dos deputados do ora conflagrado PSL, o partido do presidente Jair Bolsonaro. O país só teria a ganhar se eles falassem o que manterão em segredo.
A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) disse que um dia detalhará o que fez sua colega Joice Hasselmann (PSL-SP) na campanha eleitoral do ano passado. Por sua vez, Hasselmann disse que conhece os podres do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).
Depois de escapar da degola por Bolsonaro, o pai, o líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (GO), ofereceu-se para ser ouvido na CPI das Fakenews. “Tenho muita coisa interessante para revelar”, garantiu com os olhos brilhando, mas com a língua travada.
Sabem por que preferirão o silêncio? Porque não existe político que seja inteiramente ficha limpa. Nenhum deles tem a ganhar chutando o outro abaixo da linha de cintura. Mais vale quem sabe e não conta do que o que conta o que sabe.