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O que importa com a intervenção no Rio

A tomar café frio e ver a grama crescer à sua porta, Temer preferiu arriscar-se

Por Ricardo Noblat
Atualizado em 19 fev 2018, 08h00 - Publicado em 19 fev 2018, 08h00

Estamos de acordo: uma vez que era iminente a derrota na Câmara dos Deputados da proposta da reforma da Previdência Social, o presidente Michel Temer precisava arranjar o que fazer até que seu mandato chegue ao fim em 31 de dezembro próximo.

Ou arranjava ou começaria pagar o preço sempre cobrado ao político às vésperas de despedir-se do poder: tomaria café frio e, à falta de visitas, assistiria ao crescimento da grama à porta dos palácios onde dá expediente ou mora com a família. É sempre assim.

Foi assim, por exemplo, com José Sarney, o presidente empossado pela junta médica que cuidou – e cuidou mal – do presidente eleito Tancredo Neves. No último ano do seu governo, Sarney tornou-se uma figura irrelevante, da qual quase todos os políticos queriam distância.

A intervenção na insegurança pública do Rio foi a maneira esperta, talvez a única, para que Temer avisasse aos interessados: estou vivo e não pretendo morrer antes do tempo. Se o resultado for apenas sofrível, ele sairá no lucro. Se for um desastre, dirá que tentou e não fugiu à luta.

Bobagem a história de que os militares, treinados para matar, não saibam o que fazer para contornar o colapso das forças policiais de um Estado. Esse é um dos papéis que lhes cabem de acordo com a Constituição. São treinados para isso também. Têm planos para tudo.

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O crime organizado capturou parte das forças de segurança no Rio e infiltrou-se no aparelho do Estado. Em nenhum outro lugar do país isso aconteceu em tais proporções. Teria sido cômodo para Temer deixar que o problema fosse enfrentado pelos novos governantes a serem eleitos.

É possível que daqui a 10 meses ele conclua que correu um risco desnecessário. Mas decidiu correr e pelo menos os cariocas, a julgar pelos dados das primeiras pesquisas conhecidas, lhe estão muito gratos. Pior do que está é difícil que fique mais tarde.

Surpreendidas com a intervenção, a esquerda burra (PT) e a direita igualmente burra (Bolsonaro et caterva) procedem como de costume. Na contramão do sentimento compartilhado por ricos e pobres, torcem para que tudo dê errado e apostam nisso suas fichas. Tomara que percam.

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