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Mandetta no Datafolha: desponta um estadista no Covid-19 (por Vitor Hugo)

Nova liderança humanitária na política brasileira

Por Vitor Hugo Soares
Atualizado em 30 jul 2020, 19h03 - Publicado em 28 mar 2020, 13h00

Vejam o absurdo, sem tamanho, anotado na Bahia esta semana: a Polícia Federal prendeu a desembargadora do Tribunal de Justiça do Estado, Sandra Inês Moraes Azevedo Rusciolelli – além o filho dela, advogado Vasco Rusciolelli Azevedo e o também advogado Vanderlei Chilante – acusada “de dar continuidade à rede criminosa de venda de sentenças”, desbaratada parcialmente na Operação Faroeste, que já havia prendido outros desembargadores e afastado o presidente da corte estadual de justiça da Bahia, Gesivaldo Brito. A prisão da magistrada, determinada pelo ministro do STJ, Og Fernandes, acontece em plena quarentena no País, de combate ao coronavírus. A referência ao episódio – de fazer corar no túmulo o ex-governador Otávio Mangabeira – é para desta car outr a notícia exemplar da semana, diametralmente oposta.

Explico: nos dados da pesquisa Datafolha, divulgados segunda-feira, 23 – sobre a conduta e desempenho de autoridades públicas, em diferentes esferas de gestão e de poder, no combate à pandemia – , um dado se projeta acima dos demais e merece ser louvado. Refiro-me à justa avaliação da população, que dá expressivo índice de aprovação ao ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. O médico bate na casa dos 55 % de reconhecimento da sociedade. Revelação alentadora no meio da geleia geral deste tempo temerário.

Bom indicador de uma nação em transe. Rachada ao meio por desavenças, mágoas e ódios políticos e ideológicos implacáveis. Ao lado de submersos, mas indisfarçáveis interesses de encarniçados grupos, que pareciam amenizar-se e ceder diante do Covid -19,– inimigo maior e comum a ser vencido – mas que recrudesceu com o pronunciamento do presidente da República, em rede de Rádio e TV, sobre estratégias de enfrentamento da pandemia. Fala alinhada ao discurso do presidente Donald Trump, dos EUA, de salvar pessoas, a começar pelas mais vulneráveis, mas sem matar a economia. Assim, pensam os dois líderes de direita, será possível encarar e tentar vencer a histeria e o pânico, males que tornam populações inteiras presas fáceis dos oportunistas de todas as tendências, além dos voluntaristas arrogantes e janotas, cheios de vaidades em carreirismo eleitoral desenfreado, espalhados por governos estaduais e prefeituras do país. Além de autoridades corruptas e burocratas insensíveis sempre dispostos a criar dificuldades para vender facilidades.

Diante de tudo isso, mesmo olhada no conjunto desigual de seus números – que envolvem, também e principalmente, o presidente Jair Bolsonaro e os governadores estaduais – é preciso enxergar e reconhecer, mesmo que uns não queiram, o novo retrato que o levantamento Datafolha apresenta. Parece firmar-se e ganhar corpo,– na área da saúde pública no tempo do Covid-19 – a mais nova liderança humanitária na política brasileira. Cujo perfil raro se encaixa com perfeição, em muitos aspectos, dentro de princípios cardeais do famoso “Decálogo do Estadista”, do ex-deputado e guia da resistência democrática, Ulysses Guimarães.

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No caso de Mandetta, destaco três mandamentos principais: Coragem, virtude primeira do homem público e estadista; Vocação, o encontro do homem com o seu destino; e Esperança, porque o estadista é o arquiteto da esperança. Não a coruja que só pia agouro. Nem a Cassandra de catástrofes, segundo o decálogo de Ulysses. O resto a conferir.

 

Vitor Hugo Soares é jornalista, editor do site blog Bahia em Pauta. E-mail: vitors.h@uol.com.br

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