O que de início pareceu apenas assanhamento do baixo clero de farda, revelou-se afinal um movimento apoiado por oficiais de alto coturno.
Mal o deputado Raul Jungmann trocou o Ministério da Defesa pelo da Segurança Pública, sua vaga, ali, passou a ser ambicionada pelo Exército.
O lugar de Jungmann foi ocupado por um general da reserva. E teve início a militarização dos espaços antes ocupados por civis no ministério.
O presidente Michel Temer avisou que nomeará um civil para comandar o ministério criado em 1999 e desde então comandado por civis.
O comandante da Marinha retrucou que um militar poderia, sim, cuidar da Defesa. E, ontem, o comandante do Exército repetiu a mesma coisa.
Por ora, o comandante da Aeronáutica ainda não disse nada. Nem Temer, que espere tirar proveito da intervenção no Rio a “manu militari”.