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Dois Brasis: de Santa Catarina, de Hang da Havan, à Bahia, de Gabrielli

Não se pode dizer, exatamente, que temos um novo País

Por Vitor Hugo Soares
Atualizado em 30 jul 2020, 20h12 - Publicado em 3 nov 2018, 14h00

Mesmo depois do convite do presidente eleito, Jair Bolsonaro, e da aceitação, pelo juiz federal Sérgio Moro, para assumir o superministério da Justiça e da Segurança – fato relevante e de ressonância internacional – não se pode dizer, exatamente, que temos um novo País (como pensam e falam alguns partidários ou analistas). Creio, porém, diante das primeiras reações dos derrotados (entre estas a Carta Aberta do ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli à Lula, preso em Curitiba, e as declarações do advogado Kakay), que algo se move do lado de baixo da linha do Equador, depois das urnas apuradas.

Ouso dizer isso, após viajar entre duas pontas do território brasileiro, uma semana antes da votação no segundo turno: da nordestina Salvador/Bahia, dos petistas Jaques Wagner, Rui Costa e Gabrielli, condutores da campanha de Fernando Haddad – por determinação do ex-presidente preso – à sulista Blumenau/Santa Catarina (estado referencial do bolsonarismo nascente: do comandante Carlos Moisés, eleito governador pelo PSL, com 71,09% dos votos válidos).

E do empresário Luciano Hang, militante das forças econômicas liberais de direita, vitoriosas nas urnas de 28 de outubro. Dono de florescente império de lojas de departamento, nacional, apontado em polêmica reportagem, da Folha de S. Paulo, como um dos principais financiadores da surpreendente campanha do capitão nas redes sociais. “Homem de bem, sério e do trabalho 24 horas por dia, marca dos catarinenses em geral, mas que este filho de Brusque encarna como poucos”, disse o dono da pousada, em Blumenau, onde fui comemorar nova idade, na Oktoberfest. De volta, acompanhei feérica queima de fogos (16 minutos) que Hang patrocinou, em sua cidade, e seu discurso gravado em vídeo, que incendiou as redes sociais.

Digo isso, também, depois de contados os milhões de votos, das não menos polêmicas urnas eletrônicas de uma das maiores repúblicas democráticas do planeta, das quais o capitão da reserva do Exército, Jair Messias Bolsonaro – ferido a peixeira “na boca do estômago”, como dizem os nordestinos – foi eleito o 38º presidente do Brasil, com mais de 55 milhões de votos. Nada disto bastou para superar a agressiva retórica, o esquerdismo infantil, as tensões flutuantes, apesar da vontade popular expressa nas urnas. Na manhã do dia seguinte à eleição, o ex-presidente da Petrobras – estatal pilhada por corruptos e corruptores nos governos Lula e Dilma – José Sérgio Gabrielli, em trecho simbólico na Carta Aberta à Lula, açula os companheiros petistas a insistirem empunhando a bandeira do “nós e eles”, dos “Dois Brasis” em choque.

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“Não teremos tempo para curar as feridas. Mesmo feridos, a luta continua. Lideranças no Senado emergirão e Jaques Wagner surge como um grande quadro. Bem relacionado com os governadores do Nordeste… Ele será um líder nacional importante. O povo nordestino, sob a liderança de seus governadores, foi um gigante. Os estados do Nordeste, bastiões da democracia, honrando sua história de lutas, foram resistentes e deram uma grande vitória a Haddad/Manuela”.

Em resumo 😮 partido acima de tudo e de todos; nenhuma autocrítica pelo fracasso político e eleitoral. De novo os interesses personalistas colocados acima da vontade da Nação, expressa nas urnas democráticas. O que esperar? Responda quem souber.

Vitor Hugo Soares é jornalista, editor do site blog Bahia em Pauta. E-mail: vitor_soares1@terra.com.br

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