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Como será o amanhã? (por Gustavo Krause)

Depois da pandemia

Por Gustavo Krause
Atualizado em 30 jul 2020, 19h01 - Publicado em 12 abr 2020, 13h00

Dúvida imemorial. Segue sem resposta. Jamais faltaram oráculos e vigaristas em geral. Entre evolucionistas e criacionistas, o debate será complexo e inconcluso.

A questão premente é: como será o amanhã depois do COVID-19? Tenho escutado previsões de que o mundo não será o mesmo. Do sofrimento, brotará uma sociedade mais solidária. As tragédias universais renovam esperanças?

No século XX, ocorreram duas guerras mundiais. Após a primeira, a fracassada Liga das Nações sucumbiu ao pacifismo acovardado. Gerou Hitler e o risco do Armagedon.

Depois da segunda, lideranças políticas estruturaram organizações internacionais para estabelecer regras comerciais, financeiras e mecanismos de restruturação e fomento ao desenvolvimento econômico. A nova ordem exigia uma arquitetura institucional para a solução pacífica do conflito de interesses.

Em julho de 1944, quarenta e quatro países, reunidos em New Hampshire, realizaram a conferência Bretton Woods em torno da proposta do Lord Keynes, representando a Grã-Bretanha, que destinava 1% da renda nacional de países não invadidas a operações de socorro e reabilitação das regiões devastadas pela guerra. A moeda de conversibilidade idealizada por Keynes, o “Bancor”, foi vencida pelo que preconizou o representante dos EUA, Harry White. Os países depositariam no FMI ouro e moeda nacional em quotas definidas pelo poderio econômico de cada nação.

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Em dezembro de 1945 e em março de 1947, entraram em funcionamento o BIRD e o FMI respectivamente. Em outubro de 1945, foi criada a ONU e na primeira reunião ordinária, em Londres 7/01/1946, o discurso de abertura for proferido pelo embaixador brasileiro no Canadá, Ciro Freitas do Vale, tradição, desde então, mantida.

Com celeridade, a economia recebeu incentivos, porém a utopia da paz foi afetada por outra guerra: a guerra fria entre o imperialismo democrático dos EUA e o imperialismo totalitário da URSS.

Apesar de crises cíclicas, o capitalismo gerou uma afluência nunca vista e dois passivos gigantescos: a degradação ambiental e a desigualdade social.

Ao lado da questão ambiental, a desigualdade social é grande desafio ético do nosso tempo. E requer soluções urgentes frente, inclusive, às vertiginosas mudanças tecnológicas.

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Tarda o “Bretton Woods” da pobreza e da miséria, estas, sim a pandemia das pandemias. Têm vacina e cura na diversidade do pensamento econômico. E vem de longe. De Thomas Morus (o utopista) a Thomas Paine (o senso comum); de Marx ao ultraliberal Milton Friedman; do liberal Stuart Mill ao socialista Bertrand Russel; de James Tobin a Thomas Piketty.

De formas distintas, advogam a garantia de uma renda mínima unversal. As várias experiências localizadas, inclusive no Brasil (o bolsa-família), são insuficientes para romper a exclusão com amplitude global.

Neste sentido, a pretensão política tem que ser ambiciosa a tal ponto que uma criança nascida na África Subsaariana tenha anexado à certidão de nascimento um boleto de cidadania digna do berço ao túmulo.

Não é delírio: fontes tributáveis não faltam e alternativas tecnológicas estão disponíveis para responder à prática das soluções concretas.

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