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Ciro Gomes passa recibo do seu incômodo com Lula candidato

A democracia só tem a ganhar

Por Ricardo Noblat
Atualizado em 6 abr 2021, 09h24 - Publicado em 6 abr 2021, 08h00

No dia em que Lula apareceu numericamente à frente de Jair Bolsonaro na mais recente pesquisa XP/Ipespe, Ciro Gomes (PDT), ex-governador do Ceará, aspirante a candidato a presidente da República pela quarta vez, pediu-lhe a “generosidade” de não disputar as eleições presidenciais do ano que vem. Que tal?

A fazê-lo, Ciro defendeu que Lula se inspirasse no “passo para trás” da ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner que concordou em ser vice de Alberto Fernández, ajudando assim a elegê-lo. Segundo Ciro, se Lula for candidato, Bolsonaro se aproveitará do antipetismo para tentar emplacar um segundo mandato.

“Imagine uma campanha: Bolsonaro, querendo se recuperar da impopularidade, lembrar a esculhambação do Palocci, a esculhambação do José Dirceu, a esculhambação de não sei de quem”, argumentou. “E do outro lado, o cabra dizendo que os filhos do Bolsonaro são ladrões. É isto?” Se o eleitor quiser, será.

Lula não respondeu ao pedido de Ciro. E o que Ciro disse inspirou memes que viralizaram na internet. E se países da América Latina pedissem ao Brasil que não disputasse a fase de classificação para a Copa do Mundo no Catar?  E se no carnaval pós-pandemia as demais escolas pedissem à Mangueira para não desfilar?

A proposta de Ciro trai seu desconforto com a situação criada pelo Supremo Tribunal Federal ao suspender as condenações de Lula nos processos do triplex do Guarujá e do sítio de Atibaia. Com isso, o ex-presidente recuperou os direitos políticos e tornou-se elegível. Ciro contava em enfrentar Fernando Haddad.

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Para aumentar as dificuldades de Ciro, Lula tem dito que pretende primeiro reunificar a esquerda até onde for possível, para depois sair à caça do apoio de partidos do centro e até mesmo da direita. Esse seria um espaço que Ciro imaginava ocupar, e ainda imagina. Só que as coisas ficaram piores para ele, mas não só para ele.

Ultimamente, Ciro chegou a falar que Bolsonaro, desgastado pelo péssimo governo que faz, arrisca-se a não disputar o segundo turno da eleição de 2022. É possível, mas não é provável. E que ele, Ciro, então iria para o segundo turno como alternativa a Lula. Nada mais corriqueiro na política do que o autoengano.

O efeito Lula está produzindo uma limpeza no terreno dos que planejavam disputar a sucessão de Bolsonaro. Isso não é necessariamente ruim, muito pelo contrário, se resultar em candidaturas mais densas e representativas das principais correntes de pensamento político do país. A democracia agradece.

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