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Por Coluna
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Ciro atira outra vez em Ciro

Um candidato que gosta de viver perigosamente

Por Ciro Gomes
Atualizado em 18 jul 2018, 07h00 - Publicado em 18 jul 2018, 07h00

Se você souber que Ciro Gomes disparou insultos contra alguém, não pense que foi sem querer. Ou que ele se descontrolou e fez besteira. Não. Foi um gesto calculado. Ele acha que sendo assim chama mais atenção, embora nem sempre se dê bem.

Foi assim em abril último quando Ciro chamou de “capitãozinho do mato” o vereador negro e líder do Movimento Brasil Livre (MBL) Fernando Holliday, do DEM de São Paulo. No Brasil colonial, “Capitão do Mato” era o negro que capturava escravos fugitivos.

Foi novamente assim, ontem, quando Ciro chamou de “filho da puta” o promotor público de São Paulo que quer processá-lo por ter ofendido Holliday. Ciro ainda ameaçou o promotor ao dizer que caso se eleja presidente da República irá “acabar com essa mamata”.

Não disse que “mamata” seria essa. Talvez se referisse ao bom salário que ganha um promotor. Talvez à liberdade que tem o Ministério Público para abrir inquéritos contra quem quer que seja, humildes e poderosos como Ciro e o encarcerado de Curitiba.

Nos últimos 25 anos, segundo levantamento do jornal O Globo, 50 pessoas já processaram Ciro por calúnia, injúria e difamação. Ou cobraram indenizações por danos morais depois de terem sido atingidas por declarações feitas por ele.

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Ciro não discrimina seus alvos. Do presidente da República para baixo, atira em todos que o desagradem. Em seis casos, foi condenado a pagar R$ 315 mil em indenizações. Em outros que ainda correm na Justiça, arrisca-se a perder quase R$ 1 milhão.

Ele é um homem rico, patriarca de uma família rica do Ceará sempre disposta a aplaudi-lo e a avalizar tudo que faça. Dinheiro, portanto, não é problema. O problema para ele é quando seus insultos podem lhe custar votos e ameaçar seus planos.

Em 1998 e em 2002, Ciro disputou a presidência da República e perdeu. E da segunda vez, seu destempero verbal tirou-o do páreo. Na Bahia, chamou um eleitor de burro. Em Brasília, um estudante negro que era muito feio de “negro lindo”, para humilhá-lo.

Na época, era casado com a atriz Patrícia Pilar. No desfecho de uma entrevista coletiva à imprensa, um repórter perguntou qual era o papel de Patrícia na campanha dele. Ciro respondeu: “O de dormir comigo”. Ali, enterrou suas chances de se eleger.

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