“Ninguém governa governador”, ensinou Agamenon Magalhães, duas vezes governador de Pernambuco na primeira metade do século passado e quatro vezes deputado federal.
Se governador não é governável, quanto mais presidente da República. Em uma semana, Bolsonaro demitiu um dos seus ministros militares e o presidente do maior banco de investimentos.
Por tabela, enfraqueceu a ala militar do seu governo e aquele a quem chamou um dia de seu Posto Ipiranga, o antes todo-poderoso ministro Paulo Guedes, da Economia.
Não precisou enfraquecer o enrolado ministro Sergio Moro, da Justiça e Segurança Pública. Moro enfraqueceu-se sozinho, e hoje é refém de Bolsonaro se quiser sucedê-lo ou voltar a vestir a toga.
Se não bastasse, deu uma encarada no Supremo Tribunal Federal ao censurá-lo por ter criminalizado a homofobia, e no Congresso, ao dizer que precisa mais do apoio do povo do que do apoio dele.