Se o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) continuar teimando em não disputar o governo de Minas Gerais, a Aécio Neves (PSDB) só restará uma esperança de se reeleger senador: entender-se por debaixo do pano com o governador Fernando Pimentel (PT), candidato à reeleição.

Não será difícil. Pimentel e Aécio, além de bons amigos, já foram aliados quando Pimentel se elegeu prefeito de Belo Horizonte. Pimentel está enrascado com a Justiça? Bobagem, Aécio também está – tanto ou mais do que ele. Possivelmente mais.

Haverá duas vagas de senador em disputa. Pimentel não precisará se expor ao desgaste de pedir votos para Aécio. Basta que não faça força para eleger os dois senadores. No caso de Aécio, para favorecer Pimentel, basta que não se empenhe por nenhum candidato ao governo.

Quanto a Geraldo Alckmin, candidato do PSDB a presidente, não tem por ora e talvez jamais venha a ter um palanque forte em Minas. Mas isso será problema dele, de Aécio não. Sem Lula, o PT dificilmente fará o sucessor de Temer. Mas isso será problema do PT, de Pimentel não.

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