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Surpresa, surpresa: Bolsonaro e Trump estão dominados

Presidente americano não castigou visitante, o brasileiro não assinou a rendição e ambos não vão invadir a Venezuela, entre outras falsas profecias

Por Vilma Gryzinski 19 mar 2019, 18h50

Pelos padrões dos dois presidentes, houve poucas reviravoltas. Como ambos vivem fazendo coisas que “nunca vimos antes”, Jair Bolsonaro apoiou a reeleição de Donald Trump, em tom brincalhão que com toda certeza será considerado um ato hediondo de heterodoxia.

O gesto mais fora do roteiro de Trump foi elogiar publicamente Eduardo Bolsonaro.

Segundo amplas plantações procedentes de áreas com muito passado e pouco futuro na diplomacia atual, o presidente americano deveria ter ficado bravo com o pai e, principalmente, o filho por sua proximidade com Steve Bannon, o aliado caído em desgraça.

Se tem alguém que entende de filhos complicados é Trump. Seus próprios rebentos são chamados pelos inimigos políticos, entre as coisas publicáveis, de Uday e Qusay. Uma referência nada amistosa aos filhos de Saddam Hussein levados para o plano superior por um míssil americano em 2003.

O maior fora de Bolsonaro foi dizer que a maioria dos imigrantes irregulares nos Estados Unidos “não tem boas intenções”. Corrigiu o “equívoco” numa entrevista improvisada, descontraída e até coerente durante a qual, surpreendentemente, não engoliu nenhum jornalista vivo.

Pessoal, isso é uma ironia, um risco assumido no ambiente atual.

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Detalhe importante: Bolsonaro respondeu a uma pergunta sobre irregulares em geral. Quem ofendeu os imigrantes brasileiros em situação ilegal foi seu filho. Nem cem pias de louça suja para lavar seriam castigo suficiente.

Ou talvez um gesto de real contrição em direção a uma das comunidades mais bolsonaristas do mundo – 81% dos votos no segundo turno.

Falar besteira e pedir desculpas é um gesto que conta a favor de qualquer pessoa em qualquer posição.

Uma das raríssimas vezes em que Trump fez isso foi quando circulou um áudio, de uma antiga conversa particular, na qual dizia que a fama permitia fazer qualquer coisa com mulheres, inclusive agarrar “aquilo”.

“Nunca disse que sou uma pessoa perfeita, nem pretendo ser alguém que não sou”, garantiu ele na época, no pedaço mais autêntico do pedido de desculpas.

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Presidentes imperfeitos, falando num plano puramente teórico, podem ser melhores do que aqueles tão certos de si mesmos que não enxergam espaço para melhorar.

O papel da imprensa, de desconfiar, fiscalizar, apurar e criticar, inclui reconhecer racionalmente o que é positivo. Irracional, por exemplo, é considerar que seria negativo para o Brasil entrar para a OCDE. Ou esperar que Trump funcione só na base da simpatia.

Mas se Bolsonaro invadir a Venezuela, romper relações com a China e for colocado no cantinho do castigo por Trump, deve ser devidamente enquadrado.

Outra ironia, pessoal.

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Sobre a rendição ao imperialismo canadense, talvez seja melhor tratar posteriormente.

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