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Presente de Páscoa na Inglaterra: fim das mortes por Covid-19 até lá

A queda na letalidade no segundo país mais vacinado do mundo supera até os sempre pessimistas modelos matemáticos

Por Vilma Gryzinski 3 mar 2021, 07h59

Uma queda de quase 40% no número de mortes em apenas uma semana parece bom demais para ser verdade.

Mas esta é a realidade no Reino Unido. O número de infecções caiu quase um quarto, outro desempenho notável. Pela primeira vez desde setembro, ficou abaixo de 100 casos por 100 mil pessoas. O último número de mortes por dia – 343 – trouxe uma redução de 37%.

Todos nos acostumamos a ver o pessimismo dos modelos matemáticos que sempre previam resultados catastróficos – alguns com boa dose de exagero.

Pois agora na Inglaterra – o principal país do Reino Unido – a redução no número de mortes por Covid-19 está três semanas à frente da modelagem.

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Segundo as projeções do grupo cujas previsões o governo segue, o número de morte na Inglaterra cairia abaixo de 200 em meados de março.

Este marco foi alcançado em 25 de fevereiro.

O prognóstico de menos de 150 mortes era esperado para 21 de março – a data até onde avança o modelo. Mas já foi atingido.

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“Os números são melhores do que qualquer um esperava”, disse ao Telegraph um integrante do grupo de modelagem, Mark Woolhouse, professor de epidemiologia da Universidade de Edimburgo.

Ver a curva da modelagem sobre o número de óbitos avançando mais de do que a da vida real é uma das imagens mais otimistas nesse último ano de tantos pessimismos.

Um dos motivos da diferença entre os dois dados, o prognosticado e o que está acontecendo, provavelmente é que os responsáveis pelo modelo não calcularam com precisão o efeito positivo da vacinação em massa.

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Os cientistas lidaram com uma taxa de eficiência de 30” a 60% depois da segunda dose da vacina. No teste da realidade, a taxa foi a impressionantes 85%.

“Não teremos mortes excedentes até a Páscoa? Parece possível”, disse à BBC David Spiegelhalter, professor de estatística de Cambridge.

A cada semana, o número de mortes por Covid-19 na faixa acima dos 65 anos está caindo pela metade, acrescentou.

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E tem mais: o número geral de mortes também está caindo devido a um “efeito colateral” positivo da epidemia. As mortes por gripe praticamente desapareceram porque as medidas básicas de prevenção – máscaras, mãos bem lavadas – bloquearam a transmissão do vírus da influenza. Também pesa o fato de que tantos dos idosos mais frágeis já tombaram, vítimas do coronavírus.

Quanto mais as notícias são boas no Reino Unido, recém-entrado no Brexit, mais negativas ficam, por inevitável comparação, na União Europeia.

As diferenças no ritmo de vacinação são gritantes e a ideia da ação coletiva vai perdendo adeptos. A demora nos processos de compra e aprovação de vacinas produziu um vexame cujos resultados ainda estão se desdobrando.

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Os mais recentes aconteceram quando os governos da Áustria e da Dinamarca resolveram se descolar do espírito “um por todos, todos por um”, que falhou no teste da realidade.

Os dois países aproximaram-se de Israel, o líder mundial de vacinação, para sondar a pesquisa produção conjunta da segunda geração de vacinas, voltada para as inevitáveis mutações do vírus.

Pois é, enquanto a primeira geração ainda está demorando para chegar mesmo em países avançados, governantes que aprenderam as amargas lições da pandemia já estão pensando na segunda.

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