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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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Pesquisa indica o maior problema que Bolsonaro terá que resolver

Ou o presidente muda o discurso, ou…

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 4 out 2021, 11h02

Uma pesquisa divulgada pela VEJA neste domingo, 3, traz mais uma má notícia para o presidente Jair Bolsonaro. Segundo levantamento feito pela empresa de inteligência digital AP Exata, o brasileiro está mais preocupado com a Covid, o desemprego e a inflação alta no momento. A pauta de costumes, tão valorizada por Bolsonaro, não é prioridade hoje.

Os dados mostram que, se quiser crescer na campanha em busca da reeleição, Bolsonaro precisa mudar o discurso além, é claro, de melhorar sua gestão. Em crises como a que vivemos, com desemprego recorde e inflação crescente, a população tende a responsabilizar o governo. A estratégia de tentar culpar governadores e dizer que a inflação está subindo no mundo inteiro não funciona. Essa fala não convence.

Quando o cidadão vai ao supermercado e não consegue comprar o que precisa, ele responsabiliza o governo. A crise atual empobreceu a classe média e piorou a situação dos mais pobres. Isso é determinante para a queda de popularidade do governo e da intenção de votos para 2022. Ao mesmo tempo, o apelo da pauta de costumes caiu.

Em 2018, Bolsonaro ainda não era o presidente e, por isso, pôde passar por cima da pauta econômica e enfatizar a pauta de costumes em sua campanha. Agora, ocupando a presidência, ele não poderá passar por cima da questão econômica, considerada muito mais importante segundo a pesquisa.

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Diante do cenário, o presidente não vai conseguir entregar um país melhor até as eleições, o que dificulta ainda mais a sua situação.

A inflação pode estar mais baixa no próximo ano porque o Banco Central está subindo os juros, mas o crédito ficará mais escasso, mais caro e a condição do brasileiro continuará difícil.

O remédio contra a inflação é exatamente a alta dos juros. Já o desemprego deve oscilar e cair um pouco no fim do ano, como sempre acontece, mas não há previsão de queda forte das taxas.

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Ou seja, esses dois espinhos – inflação e desemprego – continuarão incomodando Bolsonaro. No caso da saúde, se a vacinação fizer o efeito que se espera, a pandemia estará mais controlada e a Covid não terá tanto peso no próximo ano. Ainda será importante

Quando era em 2018 apenas candidato, Bolsonaro também teve um ponto a seu favor que permitiu que a pauta de costumes fosse sua principal bandeira: o governo Temer conseguiu reduzir de forma significativa a inflação e os juros estavam em queda. Além disso, Temer não era candidato e não havia nenhum representante de seu governo na disputa.

Dessa forma, Bolsonaro conseguiu proferir suas frases de efeito que, na verdade, não significavam muita coisa. Ao dizer, por exemplo, que tiraria o Estado do “cangote” do empresário, o então candidato não deixava muito claro o que queria, mas se beneficiou de uma boa situação econômica para falar de temas ligados aos costumes.

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No próximo ano, o presidente não vai conseguir se limitar a essas pautas morais. Vai precisar dar explicações e será responsabilizado pela crise vivida no país. Bolsonaro falhou na missão e terá que prestar contas quando estiver disputando novamente a preferência dos eleitores.

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