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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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Bolsonaro infectado: Covid-19 não é 17, nem 13

Mesmo após testar positivo, presidente mantém a atitude de politizar o assunto, negar a gravidade da pandemia e jogar a responsabilidade sobre os outros

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 jul 2020, 18h49 - Publicado em 7 jul 2020, 14h38

O novo coronavírus não tem coloração política, viés ideológico ou partidarismo. Mas, nos últimos meses, o presidente Jair Bolsonaro tem politizado o debate que deveria ser absolutamente técnico. E com o seu papel de liderança, inerente ao cargo, tem influenciado seus seguidores e outros atores políticos do país a politizar um vírus nanométrico e com vasta capacidade de destruição.

Negacionista desde que a pandemia chegou ao Brasil, Bolsonaro minimizou inúmeras vezes os efeitos da Covid-19, pois temia que a piora da crise econômica fosse tirar sua popularidade. Agora, acometido da doença, usou as primeiras entrevistas para defender o uso da cloroquina, que não tem comprovação científica de eficácia, mas que tem sido produzida em larga escala no Exército.

Bolsonaro afirmou que o medicamento fez com que o mal-estar sentido por ele passasse em algumas horas. Aproveitou para dizer também que não tem responsabilidade sobre os critérios de combate à pandemia, que ficou a cargo dos governadores.

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A história registrará os nomes dos que mais erraram na condução da maior crise sanitária dos últimos 100 anos. Até porque, em eventos desta magnitude, os historiadores são chamados a traduzir o espírito do tempo, com seus erros e acertos.

Estratégias políticas à parte, é tempo de Bolsonaro cuidar, em primeiro lugar, de sua saúde e depois manter a postura menos beligerante que adotou nas últimas semanas. O vírus continua a circular no país de forma violenta. Matou mais de 65 mil brasileiros e colocou o Brasil em segundo lugar no número de mortos.

Não se trata de política. A Covid-19 não é 17, nem 13. É a mais terrível pandemia em um século e, por isso, é preciso proteger a população, aprender como enfrentar a doença e ter um plano consistente para a reconstrução após esse período. Mesmo testando positivo para o novo coronavírus, o presidente continua testando negativo na sua capacidade de liderar o país em meio a uma crise dessa dimensão.

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