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Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Os governadores que têm mais dinheiro para gastar no ano eleitoral

Perspectiva de retomada da economia e uma inflação que beira os 9% nos últimos doze meses são os principais motivos para a alta nas arrecadações

Por Caíque Alencar 22 ago 2021, 08h49

Beneficiados pela alta da arrecadação, em razão da retomada da economia e da inflação de quase 9%, e por verbas extras vindas da privatização de empresas estatais, governadores de alguns dos principais estados vão chegar a 2022 com dinheiro em caixa para investir em obras, um instrumento importante na luta pelo voto do eleitor.

O cenário de bonança vai à contramão do que aconteceu em 2021, quando os efeitos da pandemia ainda atingiram fortemente a arrecadação dos estados. A maioria deles teve queda nas receitas e, entre os que registraram aumento, a alta foi quase irrelevante (veja quadro abaixo).

Disposto a dar um salto mais alto no trampolim político para chegar à Presidência da República, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), por exemplo, já viu o estado ter entre janeiro e julho deste ano um aumento de 16% nas receitas na comparação com o mesmo período do ano passado — para 2022, a projeção é uma alta de 14%. O tucano pretende terminar o ano que vem com nada menos que 36 bilhões de reais injetados na economia por meio de investimentos privados e estrangeiros.

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ALÉM DA VACINA - Doria: o tucano posa à frente de equipamento que será usado na construção da Linha 6 do metrô paulista -
ALÉM DA VACINA – Doria: o tucano posa à frente de equipamento que será usado na construção da Linha 6 do metrô paulista – (Governo do Estado de São Paulo/.)

No Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL) tem receita prevista de 69 bilhões de reais para o ano que vem, 28% a mais que 2021. Para os próximos três anos, o governador anunciou um pacote de 17 bilhões de reais em obras, sendo que 10 bilhões de reais virão da privatização da Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos).

DEPOIS DA CRISE - Cláudio Castro: projetos com dinheiro da venda da Cedae -
DEPOIS DA CRISE – Cláudio Castro: projetos com dinheiro da venda da Cedae – (Rogerio Santana/GOV RJ/.)

Já Minas Gerais projeta um aumento ainda maior da arrecadação em 2022 — alta de 14%. Além disso, o governador Romeu Zema (Novo) terá 11 bilhões de reais extras em razão de um acordo firmado com a mineradora Vale por causa do acidente envolvendo o rompimento da barragem de Brumadinho em 2019 — a quantia deve ser utilizada até o final deste ano.

DINHEIRO EXTRA - Eduardo Leite: o governador gaúcho bate 
o martelo na privatização da estatal de transmissão de energia -
DINHEIRO EXTRA - Eduardo Leite: o governador gaúcho bate 
o martelo na privatização da estatal de transmissão de energia – (Gustavo Mansur/Palacio Piratini/.)

O governador Eduardo Leite (PSDB), do Rio Grande do Sul, que também pretende disputar a Presidência da República, deve arrecadar 48 bilhões, valor que ainda vai ser inflado com 1,3 bilhão de reais oriundos de um projeto de privatização que será destinado a obras viárias.

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Reportagem de VEJA desta semana mostra que essa quase bonança vai tornar os governadores protagonistas do processo eleitoral em 2022. Dinheiro em caixa é sempre bem-vindo, principalmente quando ele é utilizado de forma que traga benefícios à população. Em ano eleitoral, porém, que essas verbas extras sejam usadas de forma responsável e os governadores não caiam na tentação de usá-las para medidas populistas com o único objetivo de obter popularidade e ganhos eleitorais.

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