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Impasse faz comissão adiar de novo a análise da PEC do voto impresso

Com risco de reprovação do relatório defendido pelo bolsonarismo, deputados desistem de votação nesta quinta-feira para tentar mudar cenário com negociações

Por Camila Nascimento Atualizado em 10 jul 2021, 16h26 - Publicado em 8 jul 2021, 10h30

A votação prevista para esta quinta-feira, 8, do relatório favorável ao voto impresso feito pelo deputado Filipe Barros (PSL-PR), relator da comissão especial que analisa a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da deputada federal Bia Kicis (PSL-DF), que é bancada pelo presidente Jair Bolsonaro, foi adiada pela segunda vez em razão do impasse sobre a sua aprovação depois que um grupo de partidos tomou frente na oposição ao tema.

É a segunda vez que a votação é adiada — a previsão inicial era a de que o documento fosse submetido à apreciação na segunda-feira, 5. Deputados favoráveis à proposta buscam agora ganhar tempo para que novas negociações possam ser feitas e o cenário seja alterado. A pauta cara ao bolsonarismo dificilmente será aprovada se nada mudar na comissão.

+ Jogo em comissão vira, e implantação do voto impresso ‘sobe no telhado’

O colegiado passou por uma reviravolta após onze partidos, inclusive da base de Bolsonaro — como PP (do presidente da Câmara, Arthur Lira), PL e Republicanos –, se reunirem para impedir a aprovação da PEC e apoiar o sistema eletrônico atual nas eleições. Os líderes das legendas também se reuniram com o ministro do STF, Alexandre de Moraes, que será o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nas próximas eleições, em 2022.

Os partidos, então, começaram um esvaziamento da comissão. Parlamentares favoráveis à PEC foram trocados por outros que são contra. Por pouco, um pedido para retirar a proposta da comissão não foi aprovado na segunda-feira — a votação empatou em 15 a 15, mas o relator Filipe Barros desempatou, votando contra a retirada de pauta da PEC.

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A implantação do voto impresso tem sido defendida com frequência por Bolsonaro em eventos públicos, nas conversas com apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada e em suas lives semanais. Sem qualquer tipo de prova, ele afirma que o país não terá eleições limpas em 2002 se o projeto não for aprovado, diz que a manutenção do atual sistema visa permitir a volta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao poder e chegou a dizer, em entrevista à Rádio Guaíba na quarta-feira, 7, que não reconhecerá o resultado da disputa presidencial caso não seja o vencedor.

O sistema atual, no entanto, é considerado seguro pelo TSE e por especialistas, tem várias formas de auditagem e nunca registrou uma fraude desde que foi implantado há mais de 30 anos. Além disso, a sua implantação custaria mais de 2 bilhões de reais aos cofres públicos.

 

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