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Osteoporose: quando devo me preocupar com isso?

Na osteoporose, o osso fica fraco e frágil, favorecendo fraturas. A condição se torna um problema sério após os 55 anos de idade

Por Claudia Cozer Kalil
18 abr 2018, 12h52

A osteoporose é uma condição de perda de massa óssea e alteração da microarquitetura do osso, favorecendo as fraturas em mínimos traumas. Isto é, o osso fica fraco e frágil! A osteoporose é um problema sério após os 55 anos de idade. Em torno de 50% dos homens e mulheres têm osteopenia ou osteoporose nessa faixa etária, com alto risco de fraturas. No Estados Unidos chegam a 1,5 milhões de fraturas por ano.

A prevalência em mulheres é duas vezes maior que em homens, assim como na raça branca e após a menopausa. Uma a cada seis mulheres caucasianas sofre de fratura de fêmur e a mortalidade chega a 20% no primeiro ano. A maior causa de mortalidade é a embolia de pulmão, mas muitas sofrem pelas limitações ortopédicas pós trauma.

A fratura mais frequente é a do fêmur, ocasionando uma qualidade ruim de vida, com dependência física e dores

Como formar um bom osso?

A história natural dos ossos é o ganho de massa óssea até o fim da adolescência e início da fase adulta. Uma alimentação balanceada e atividade física são fundamentais para maior atividade das células formadoras de osso (osteoblastos).

Depois vamos gradativamente deteriorando o osso com o envelhecimento, sendo que esse quadro piora na falta dos hormônios sexuais (mais comum no período da menopausa e andropausa) e maior atividade das células que absorvem o osso (osteoclastos).

O que propicia a perda óssea?

Algumas causas secundárias de perda óssea como: doenças endócrinas (hipertireoidismo, prolactinoma, hiperparatireoidismo), doenças gastrointestinais (deficiência vitamina D, doença celíaca, síndrome má absorção), medicamentos (corticoides, antivirais, anticonvulsivantes), alcoolismo, anorexia nervosa, cirurgia bariátrica e mieloma, dentre outras, devem ser lembradas.

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Essas condições, sem dúvida, fragilizam o osso do indivíduo por causarem um desbalanço entre a atividade das células formadoras do osso (osteoblasto) e das células de reabsorção óssea (osteoclastos) favorecendo o aparecimento da osteoporose.

Apesar disso, sem dúvida nenhuma, o risco de fraturas está muito mais associado a história familiar e ao estilo de vida do indivíduo do que uma doença em si e alguns fatores são relevantes: idade maior que 50 anos, tabagismo, baixo peso corpóreo (IMC menor 18kg/m2), baixa ingesta de cálcio, deficiência de vitamina D, inatividade, menopausa precoce, demência, alcoolismo e excesso de cafeína.

O diagnóstico pode ser feito por meio de um exame de densitometria óssea, que mede a massa óssea do indivíduo e compara com os indivíduos jovens para quantificar essa perda. Se o paciente não tem os fatores de risco citados acima e nem história familiar, o exame só está indicado após os 50 anos.

Como prevenir?

O tratamento deve ser específico para cada causa, mas a prevenção é a maior arma, visto que hoje a expectativa de vida ultrapassa os 80 anos.

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Quem não está sujeito a um escorregão ou uma queda ocasional? Por isso, exercícios físicos de fortalecimento para manter massa muscular e óssea, como musculação, natação e pilates são fundamentais após os 40 anos de idade.

A alimentação deve atentar as exigências de uma ingesta de cálcio em torno de 1.000 mg/dia (equivalente a 3-4 iogurtes ou copos de leite/dia) para mulheres acima dos 50 anos e homens acima 70 anos, pouca cafeína e suplementação de vitamina D.
Medicamentos mais específicos e reposição hormonal ficam a critério de cada caso específico.

 

Claudia Cozer Kalil
(Ricardo Matsukawa/VEJA.com)

 

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