“Shazam!”: efervescente e refrescante
Com a energia e autenticidade de uma daquelas aventuras juvenis dos anos 80 – e Zachary Levi arrasando no papel –, filme é um acerto absoluto da DC
Billy Batson (Asher Angel) tem só 14 anos, mas já acumulou senso do ridículo suficiente para não conseguir dizer “Shazam!”, como ordena a ele um grande mago, sem cair na risada. Mas não é que funciona? Em um piscar de olhos, Billy vira um super-herói alto, forte (Zachary Levi arrasa no papel), de traje incrivelmente brega e sem nenhuma ideia de quais seus poderes ou suas responsabilidades. O mais complicado: mesmo quando está transformado em Shazam, por dentro Billy continua a ser o adolescente que se perdeu da mãe na infância, que foge de todos os lares adotivos em que o colocam e que mantém todo mundo, tanto crianças como adultos, a um bom braço de distância. Felizmente, Freddy (Jack Dylan Grazer) é o tipo de amigo que gruda e não larga. E, graças aos conhecimentos dele, Shazam vai descobrir cada uma das suas incríveis habilidades em vídeos que arrebentam no YouTube. E, claro, vai também combater o vilão Thaddeus Sivana (Mark Strong). De novo, essa surpresa: um herói do terceiro escalão rende um filme de primeira – uma aventura tão cheia de energia, de inocência, de tiradas espirituosas (mais alguma melancolia, para temperar) e de autenticidade que faz lembrar os filmes do jovem Spielberg e as aventuras juvenis dos anos 80 – Conta Comigo, Goonies e, evidentemente, Quero Ser Grande, em que Tom Hanks passava pelo mesmo problema que Billy (exceto pelos superpoderes). Não menos importante: o elenco infantil e juvenil é escolhido à perfeição.
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