Com todas as adaptações necessárias ao tempo de pandemia, com todas as sabotagens engendradas por Donald Trump, a posse de Joe Biden foi a celebração da prevalência do velho normal democrático sobre a tentativa de governante e militantes extremistas de impor suas atitudes como o manual de um novo anormal para os Estados Unidos e, se possível, para o mundo.
A Trump, cuja ausência abrilhantou a cerimônia, não restou escolha a não ser enquadrar-se às regras do jogo instituídas há quase 250 anos. Prova cabal de que a energia e a firmeza das instituições aliadas a uma sociedade majoritariamente consciente do valor da liberdade, da civilidade e da legalidade são as armas mais eficientes no combate a tentativas de desvios autoritários.
Tais instrumentos servem aos EUA, servem ao mundo e servem ao Brasil neste momento em particular. Nada a temer, portanto, desde que se mantenham ativos o vigor cívico mais interessado em preservar o bem-estar de todos que na construção ilusória de falsos mitos de salvação. A democracia quando ativa lhes derrete os pés de barro.