Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Augusto Nunes Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por Coluna
Com palavras e imagens, esta página tenta apressar a chegada do futuro que o Brasil espera deitado em berço esplêndido. E lembrar aos sem-memória o que não pode ser esquecido. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Eliziário Goulart Rocha: A espinha flexível de Evo Morales

Candidato a um quarto mandato, Evo Morales sabe, bem além do palavrório ideológico, que precisa e muito do Brasil

Por Augusto Nunes Atualizado em 30 jul 2020, 20h39 - Publicado em 7 dez 2017, 11h48

Uma canção de Walter Franco lançada no final dos anos 70, convertida em hino de uma geração a um só tempo revolucionária e adepta do conceito de “paz e amor”, dava a receita de uma vida boa e politicamente correta: “Tudo é uma questão de manter a mente quieta, a espinha ereta e o coração tranquilo”. Tornou-se o mantra de milhares de jovens. Evo Morales, ídolo de esquerdistas adolescentes tardios, reafirmou que o quesito “espinha ereta” só vale quando conveniente. Dos primeiros a qualificar como golpe o impeachment de Dilma Rousseff e, portanto, a rotular como golpista o presidente Michel Temer, Evo não se sentiu desconfortável ao fazer salamaleques a Temer durante encontro em Brasília.

O índio de laboratório com cara de Zacharias dos Trapalhões e indumentária que mescla Beatles e Mao Tsé-Tung, postou em redes sociais, à época da saída do poste de Lula, coisas como “sentimos la misma indignación que usted y su pueblo frente al golpe congresal y judicial” ou “con su proceso injusto pretenden contener la rebelión de su pueblo y expulsar a pobres, negros y mujeres del poder”, sempre tratando a atropeladora do raciocínio lógico com um carinhoso “irmã”. As bravatas estenderam-se a um chamado do embaixador para consultas.

Nesta terça-feira, Evo Morales encontrou-se com Michel Temer em Brasília e escreveu em seu Twitter: “Honrado de visitar Brasil, fui recibido por el hermano presidente Michel Temer”. Espinha ereta é isso aí. “A Bolívia precisa do Brasil”, afirmou, reconhecendo o óbvio. O Brasil compra em torno de 20% das exportações daquele país. Candidato a um quarto mandato, Evo Morales sabe, bem além do palavrório ideológico, que precisa e muito do vizinho maior. Depois de espernear, chantagear, ameaçar e roubar de forma consentida o Brasil na Era Lula – não há outro nome para a expropriação das refinarias da Petrobras –, ao menos tem agora o bom senso de entender que os tempos são outros. Quanto a manter a espinha ereta, isso é para os fracos.


Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.