Chefes do tráfico homenageiam Jogos do Rio com a criação da modalidade não-olímpica Nado Sincronizado Com Fuzil
Nos debates televisivos entre os candidatos à Presidência da República, Dilma Rousseff tem festejado o sistema de segurança montado para a Copa do Mundo. E promete reprisá-lo nos Jogos Olímpicos de 2016, dos quais o Rio de Janeiro será o anfitrião. Caso consiga a reeleição improvável, é bom que Dilma se entenda com os chefes […]
Nos debates televisivos entre os candidatos à Presidência da República, Dilma Rousseff tem festejado o sistema de segurança montado para a Copa do Mundo. E promete reprisá-lo nos Jogos Olímpicos de 2016, dos quais o Rio de Janeiro será o anfitrião. Caso consiga a reeleição improvável, é bom que Dilma se entenda com os chefes dos bandos que controlam o tráfico e a vida das favelas cariocas, reiterou nesta segunda-feira a foto principal da primeira página do jornal Extra.
Quem ouve a discurseira da doutora em nada tem o dever de acreditar que os morros do Rio, graças às UPPs e à política de segurança parida em parceria pelo Planalto e pelo governador Sérgio Cabral, são mais tranquilos que os corredores do Vaticano. O otimismo dos fundadores do Brasil Maravilha colide frontalmente com a cena registrada há uma semana na piscina da Vila Olímpica Félix Mielli Venerando, inaugurada em 2012 para descobrir e aperfeiçoar campeões em esportes aquáticos.
Na imagem que ilustra a reportagem do Extra, bandidos que dominam o lugar usam o horário de folga para a prática de um esporte brasileiríssimo: o Nado Sincronizado Com Fuzil. Pena que não haja tempo para incluir a invenção na lista oficial das modalidades olímpicas. O pódio seria decerto monopolizado por uma trinca de delinquentes nativos.