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A piada do presidente e o panetone do governador

Cinco dias depois da publicação do artigo na Folha de S. Paulo, está provado que César Benjamin não mentiu: o cineasta Sílvio Tendler, um dos participantes do encontro ocorrido em 1994, confirmou que Lula efetivamente fez o relato reproduzido no texto. A diferença está na interpretação dos ouvintes. Para Benjamin, Lula revelou um capítulo da […]

Por Augusto Nunes Atualizado em 31 jul 2020, 16h18 - Publicado em 1 dez 2009, 20h33

Cinco dias depois da publicação do artigo na Folha de S. Paulo, está provado que César Benjamin não mentiu: o cineasta Sílvio Tendler, um dos participantes do encontro ocorrido em 1994, confirmou que Lula efetivamente fez o relato reproduzido no texto. A diferença está na interpretação dos ouvintes. Para Benjamin, Lula revelou um capítulo da vida real ao evocar a  tentativa de subjugar um companheiro de cela. Para Tendler, o narrador estava apenas brincando.

Tendler não contou como reagiu ao que lhe pareceu uma piada. Sorriu? Caiu na gargalhada? Se achou graça, foi o único. Benjamin ficou perplexo. O marqueteiro americano que não falava português nada entendeu. O publicitário Paulo de Tarso, que completava a mesa, não se lembra de ter ouvido conversas sobre cela, assédio ou cadeia. Lula não deu um pio sobre a revelação assombrosa, nem parece interessado em processar Benjamin. É provável que espere a poeira baixar e encampe a versão de Tendler.

Frágil desde sempre, a versão passou a padecer de raquitismo com a constatação de que o “menino do MEP” existe. Identificado na última edição de VEJA, João Batista dos Santos confirmou nesta terça-feira, em entrevista à Folha, que esteve preso junto com Lula. O que achou do artigo de Benjamin? “Um horror”. Alguém tentou subjugá-lo? “Não tenho nada a comentar sobre este assunto”, resumiu o ex-metalúrgico. “Estou convertido em uma religião que não me deixa mentir”. O alvo do assédio não achou divertidos os parágrafos que mencionam o “menino do MEP”.

Tendler garante que só débeis mentais não entendem a piada. Se é assim, está convidado a contá-la num programa de auditório. Apresentadores de TV não perderão a chance de inflar o ibope com a entrada no palco de uma testemunha ocular e auditiva da história. Se alguém na plateia exibir um simulacro de sorriso, o Brasil que presta topa endossar a explicação. Caso contrário, fica estabelecido que a versão da piada é tão verossímil quanto o festival de panetones do governador José Roberto Arruda.

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