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Opinião política baseada em fatos
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Trump deixará Bolsonaro com a broxa na mão?

Bolsonaro vem pintando o sete. Ele tem uma broxa na mão e uma escada chamada Trump. Se a escada cair, ele ficará pendurado pelo pincel, o que é impossível

Por Alberto Carlos Almeida Atualizado em 15 jul 2020, 12h39 - Publicado em 15 jul 2020, 12h27

A pandemia é hoje o principal tema do debate público nos Estados Unidos (EUA), e ela vem sendo responsável pela piora da avaliação de Trump. As séries de pesquisas realizadas por diferentes empresas vêm mostrando uma queda contínua da aprovação de seu governo. Ademais, faltam pouco mais de três meses para a eleição presidencial. Para que Trump se torne o favorito (ele deixou de ser), é preciso que a pandemia seja controlada e que a economia volte a funcionar minimamente. Não há sinais claros de quando isso possa vir acontecer.

Na eleição de 2016 Trump perdeu no voto por uma margem de aproximadamente 3 milhões de eleitores, sendo que metade desta vantagem se deveu à votação da Califórnia. Como lá a eleição popular escolhe delegados por estado, de tempos em tempos pode ocorrer que o mais votado acabe não sendo o vencedor no Colégio Eleitoral. Trata-se de algo raro e muito estranho para nossos padrões de eleição direta para presidente.

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Os EUA são um país dividido entre três tipos de estados: aqueles que dão vitória certa aos democratas, outros que são vitória certa do candidato republicano e os que mudam de voto. Todos sabem que na Califórnia vencerá Biden, mas ninguém sabe quem conquistará os delegados da Flórida. Trump derrotou Hillary justamente porque venceu nestes estados que mudam de voto em função das circunstâncias, o que os norte-americanos chamam de swing states.

Agora em 2020 estes estados estão favorecendo a candidatura do Partido Democrata, é o que vem sendo indicado pelas pesquisas regionais. As más notícias para Trump (e Bolsonaro) não estão restritas a eles. O Texas é considerado um estado certo para os republicanos, porém, nos últimos 10 anos ele vem recebendo muitos imigrantes latinos e mais pobres do que o branco não imigrante. Graças a isso, lentamente está havendo uma aproximação da votação dos dois partidos. Na última eleição para uma cadeira do senado naquele estado o candidato democrata, Beto O´Rouke, perdeu por uma margem muito pequena para o candidato republicano. As atuais pesquisas atestam um empate técnico entre Trump e Biden naquela região que já foi um dos principais exemplos do voto conservador nos EUA.

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Votações populares apertadas são a marca da disputa presidencial naquele país. Por isso, cabe ser prudente quanto às previsões de vitória. O máximo que se pode afirmar é que se as eleições fossem hoje a probabilidade de vitória de Biden seria imensa, mais do que os 70% de Hillary em 2016.

Em 3 de novembro saberemos se Bolsonaro perderá ou não seu principal aliado internacional. O político conservador, do Partido Republicano, John R. Bolton declarou recentemente que nosso presidente deveria abrir um canal de comunicação com Joe Biden. Evidente que sua recomendação não foi feita por acaso. Bolton é responsável, ele não quer que seu país seja prejudicado por um relacionamento ruim entre Bolsonaro e o mais provável futuro presidente dos EUA.

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