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Recifes de corais podem se degradar em três décadas, alertam cientistas

Documento elaborado por grupo de pesquisadores destacou as ameaças aos corais pelo aquecimento global e as medidas que podem ser adotadas para preservá-los

Por Jennifer Ann Thomas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 20 abr 2022, 15h11 - Publicado em 20 abr 2022, 15h11

Recifes de corais estão entre os ecossistemas mais ameaçados do mundo pelos efeitos do aquecimento global. Caso medidas urgentes de proteção não sejam adotadas, esses organismos poderão desaparecer do planeta nas próximas três décadas.

O alerta foi dado por uma equipe internacional de cientistas ambientais na conferência Our Oceans realizada em Palau. De acordo com os pesquisadores, há recomendações que podem promover a persistência e a sobrevivência dos recifes de coral.

Os dados foram consolidados pela iniciativa Vibrant Oceans e publicados no relatório Previsão de santuários climáticos para garantir o futuro dos recifes de coral. Segundo as previsões de modelagens científicas, se os objetivos do Acordo de Paris não forem alcançados, os recifes de coral em todo o mundo se tornarão funcionalmente degradados até 2050.

Esses ecossistemas são chave para diversas espécies marinhas e são fonte de alimento, de meios de subsistência e herança cultural para meio bilhão de pessoas. Mesmo com reduções drásticas de emissões para garantir que o aquecimento global seja mantido em 1,5°C acima dos níveis pré-industriais, até 90% dos corais do mundo ainda podem desaparecer nas próximas três décadas

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De acordo com o professor de paleobiologia na Universidade de Leicester, Jens Zinke, que pesquisa grandes habitats de corais para rastrear mudanças ambientais e climáticas nos últimos três séculos até a atualidade, os recifes de coral são os “canários na mina de carvão” da mudança do clima.

“Os corais podem sentir quando as temperaturas do oceano excedem um limite perigoso e nos alertam quando precisamos tomar medidas”, disse Zinke.

Em 2018, o grupo Vibrant Oceans identificou 50 recifes com maior probabilidade de resistir e sobreviver às mudanças climáticas. Os habitats estão localizados principalmente nos oceanos Pacífico e Índico, com mais recifes no Caribe e no leste da África.

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Anteriormente, os 50 recifes eram escolhidos principalmente em locais que escaparam das mudanças climáticas. Agora, os cientistas pedem um portfólio mais amplo de recifes que deve incluir recifes resistentes e de rápida recuperação.

Segundo o documento organizado pelo Vibrant Oceans, esses recifes devem se tornar santuários para terem prioridade de investimento dedicado à conservação. Além disso, é preciso catalisar esforços de monitoramento de recifes de coral em larga escala e orientado por dados para testar e desenvolver novos modelos e previsões de santuários climáticos.

Outro ponto destacado pelo grupo é o uso da mais recente ciência climática sobre recifes de corais para orientar os investimentos, especialmente na medida em que os impactos das mudanças climáticas aceleram e produzem novas tensões e respostas ambientais entre os recifes.

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“Alguns recifes têm a capacidade de resistir ou se recuperar do estresse térmico mais rapidamente do que outros, e esses recifes podem servir como santuários sob o aquecimento futuro. Esta é uma nova direção de pesquisa importante – encontrar esses locais e protegê-los antes que eles desapareçam”, afirmou Zinke.

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